domingo, 23 de junho de 2024

OS OLHOS DE JADE


Teus olhos não enumerem sonâmbulos por amar
Mas perfaçam as vozes que os braços proliferam
Pelas latitudes cristalinas de sua íris
E que tua pele morena amorne meus sentimentos, mulher,
Quando souberes talvez que eu pense que tu exista
Quem sabe no Congo, quem sabe em Suriname, ou quem sabe dentro do meu peito...

E que tu permaneças sempre, na vida ela mesma, que seria a vida dos teus olhos
Se teus olhos não fossem da cor da selva em que te anuncias todos os dias
Mesmo que o jade não seja uma joia tão permanente em tuas cerâmicas
Mas que este pobre homem ganhe na tua mirada ao menos uma promessa
Que o alabastro que me ergue todos os dias possuem o verde de mesma mirada que cito quando me esqueço por esta noite...

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