sexta-feira, 22 de março de 2024

FASCIOSTITUTA


                Quase ser, quase nua, vértice de desatinos controlados, fêmea no cio fabricado de treinares, súcubo frente a comissuras outras, verte no homem comprometido seus fluidos e cremes, chupa o genital como uma expert no assunto, sacerdotisa cara, profissional do sexo... No entanto comprometida em trair os desafetos do objeto de seus lucros, traidora nata, afeita a modalidades de coerção, adora aqueles que são ricos e da lei e corruptos, os políticos mais afeitos a governos de reação sólida, e sói entregar seu corpo como se seu intelecto privilegiado fosse coautor de sua própria redenção frente ao gozo do homem, por vezes aquele mais afeito ao sintoma do que é ilícito, traidor de sua esposa, no que Fasciostituta gosta e sente o único prazer que sente, posto sentir que é uma outra, uma que requer a possibilidade de estar traindo uma mulher de família, aliás, o que ocorre em grandes e famosas famílias territoriais e de vulto patrimonial e influência política.

                Como as prostitutas mais experientes, não goza jamais, e apenas simula o gemido algo lacônico de si mesma, afeita ao seu patrão, com quem goze quiçá, mas sabe que tudo é pútrido em sua vida, e suas armas de corvo anunciado talvez não lembre que a droga seria sua única possibilidade: a droga que já cristalizara em seu íntimo, porventura aquela mesma que seu “parceiro” sabe que a estará perdoando, dando sinais de sua corrupção, afinal, além de ele achar que ela é uma mulher que mereça todo o respeito, sabe que por vezes é bom abrir uma exceção para ter uma relação anal suspeitosa, posto aquele que gosta disso em uma mulher, por vezes sente o frisson de um dia abrir a sua própria porta do armário...

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