ÉBANO

Negra do ébano dos alabastros pétreos,
Quem me deras tu se não fosses minha própria vida
A que te pertenço pois me concedeste a bravura
E não a covardia da ausência, a representação turva
Sendo a mulher posta sincera, sendo negra, sendo tua
Que seja, o amor que lhe tenho é parceiro, e saibas que de minha vida
É tua a minha vida e sempre será, pois tens o perfume de todas as flores
E não a chuva de um quartzo de hackeamento barato, treinado na vibração do éter
Que se encontra enfeixado em história que não se fez, pois sendo treinado na vida
Saberei melhor a semântica de um sorriso, e as pernas que me assombram a razão
Nas verdades do tempo em que te vejo mais morena nas certezas de mais um dia.