quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

USTIFAT


                Ustfat havia passado, com seu chifre de unicórnio tardio, na querela de um dia a outro, túrgido em fremir sua respiração disfuncional, ao tocar o cerebelo de um ferro quase de gusa, a ouro pesado, qual não fora, dirimindo a dúvida de certos valores inóspitos, onde a água estaria na sua mala oriental... Seu corpo era uma experiência cósmica, era corpo de Ustifat.

                Misto um pouco de química, o ser Ustifat era heterogêneo, cabal, quase uniforme. Seu controle era parcial, mesmo enquanto a sua programação no hardphone lhe indicava que um dia poderia ter um softphone. Kabur lhe passava mensagem, e klonic era a tradução dos sons em graduações esotericamente eletrônicas, mesmo não sabendo mexer nos imputs regressos do que havia de mais desastroso em seus dedos de um pianista fracassado.

                Ganhava de si um passo a passo, isso era bom. Seu passado era não muito, mas havia limpado a memória gachet em seu último estágio psicossomático. Porquanto não houvera de ser, sabia o não sido mais do que o que porventura pudera ter sido. Havia do ter um pouco, mas afeito a contestações quase irrisórias dentro de truculências medidas, ou não, controladas dentro dos princípios da honestidade em queridas alavancas de contendas coloridas cor do sangue. Ustifat deixara seu sangue mais roto no último laboratório, e seria mais um miasma fantochesco, do que propriamente o plasma que gostava de receber telepaticamente através dos elétrons dos sistemas. O plâncton-miasma do nariz, vertendo, no bigode que persistia em existir, qual caricatura, qual Ustifat, ser meio marrom de tão marinho em suas vestes psicoanalógicas.

                Kabur-quimera-deus-mímese lhe passara a postura, lhe dera desmesurada atenção ao valor de papel assinado digitalmente, qual paráfrase mal construída de um tal de descartes. Renè, ou talvez Manuel... Na letra de Usti não havia tradução, talvez fosse latino o prenúncio do nome, mas o monstro ressurgia no fat.

                Era apenas isso, Ustifat, vivia e morria a cada dia, sem o semblante de uma aurora cálida no teor de uma passagem bíblica onde Isaías lhe mordia o sobrecenho, e seu nariz sangrava embaixo, na goela anatômica de seu rosto quase composto de uma única vértebra. Onde quer que andasse Ustifat andava a esperança e o horror, o nojo e a admiração, a roupa limpa junto com o mendigo, a sujeira com a limpeza, o antagonismo com a reflexão ou a perdição com o conformismo. Era apenas isso: mais um no meio do quase tudo ou nada, haja vista talvez só existir o meio termo, por isso era mais Ustifat decomposto, do que a carne que se construía para um futuro inexistente...

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