quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

DIGITRIX


              Matriz, máter referencial, servidor, máquina e gente: um quase mito, porquanto um quase evento... Reduz ao éter certas dúvidas, e pensa com uma inteligência nova, artifício e circunstância, protótipo, modelo e concretude efêmera. Sobressaem dele cabos e displays e sua plataforma é plugandplay, no macho e fêmea encaixados.

              Possui certo randomismo, mas a sua cabeça não existe como humana, apesar de ser quase uma função viva. Perpassa em si a energia, é afeito a suplementares, mas o alimento de uma boa bateria lhe basta, para que não tenha que se preocupar mais do que o suficiente com questionamentos da ordem de databasis.

              Códigos são os seus planos, e suas linhas são tão elegantes quanto a lógica da maquilagem de uma prostituta de luxo, pois são tão exatas quanto a ilusão de se parecer mais atraente na intenção subtrativa, como geralmente é do escopo de Digitrix...

              Trabalha um pouco com células-tronco, mas apenas nos diodos e placas em uníssono neurotransmissoriano. Os neologismos fazem parte de suas rotinas, e funciona seu corpo como uma caixa neuroléptica, no uso do operador humano, quando de fontes ou dedos articulares que o comandem compulsoriamente.

              Atávico como as máquinas de fitas, rompe quadrantes do céu quando jamais verá as estrelas sem antes ser jogada a sua carcaça no papa-entulho digital, nas trocas emblemáticas de possíveis atualizações alfa-numéricas...

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