quarta-feira, 12 de abril de 2023

POESIA DA CONCRETUDE


No fim de uma noite
Ter-se-á concluso o dia?

Levantaremos amanhã, para o dia?

Rotina essa, não se furtem, está tudo assim
Conforme as forças que vêm, as certezas,
A força bruta, a mulher que não me quis
Era uma, e agora se põe à disposição
E não há outra, pois não há disposição...

E segue assim, agora engrenado o dia
E a coisa da máquina, e azeitamos a máquina
Sempre que temos algo de azinhavre, o dia e a noite
Nem que eu pensasse melhor a respeito
Mas o caso é que não me imiscuo em relação alheia!

Me perdoe a noite, mas o cidadão da moral forjada
Me falara que agora não se abre mais nada
E saco do meu bambu, e abro com minha urina na calçada
O rio da esperança, e teço os golpes que outros o fazem no escaninho...

Não há como mudar o curso da história, o plano das investidas, o progresso
Posto não se furtem os covardes do linguajar frouxo, ou da rudeza do oculto
Porquanto os grupos só sabem se unir para deliberar seus outros planos
Quando penso na primavera que surge de dentro de meu peito
Dentro de olhos morenos, e por que não, o amor de um dia ao estar em um clube
Não seremos mais grupos, estaremos na construção, que seja, um par a mais
Dentro do espectro sereno de uma latitude rubra
Onde a pureza de uma cor morena
Saiba que na longitude de um guerreiro
Não há conformações menores
Do que ter a certeza diamantina de uma vitória alicerçada na pátria dos ventos!

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