domingo, 23 de abril de 2023

PEIXES DA NOITE


Pulam os peixes sobre as suas próprias redes
Que teceram entre os tragos dos bares, em seus vitupérios de orquestra
Na urbe paulistana zona sul, quem sabe, quem saberia se os jardins fossem suspensos
Sobre a babilônia dos clubes de elite, enquanto as periferias o sabem da Verdade!

Peixes pulam famélicos sobre mulheres, mulheres igualmente pulam sobre seus chefes,
Naquelas sodomas e gomorras de antanho, onde quiçá uma âncora já tenha a cama arrumada
Com um chefe de Agência Internacional, antes de um gozo já anunciado por ele na câmera!

Não, quem sabe o que se fale na noite, na TV que nunca desliga, posto há planteis que o sabem
E partem para preencher seus vazios de conteúdos mais salutares, expondo imagens capturadas: a história das guerras e opiniões forjadas
Que sejam a verdade da grande imprensa, mas que na realidade não passam de uma grande maquilagem
Onde a primavera do Brasil já mostrou que teceu seus cordões de flores, quando de fato
O mundo global não supre de primavera um país, a ve
r que apenas mantém ilesos todos os seus sistemas...

O rico fica cada vez mais rico, e o miserável se torna aquilo que desejam que nunca deixe de ser.

Perante o ósculo sinistro do que se esperaria ser mais humano, a fala quase gutural
De outra âncora que se escuta durante a noite, quase sem fôlego quando não mais tem o que falar
A não ser dispor de uma guerra anterior em um espelho tácito de entrelinhas onde nem se dá conta!

E esperam o próximo assunto, e as vozes se sucedem, e em um pequeno point uma historinha ou outra
Revela apenas a pequenez de limalhas negociais, enquanto os cartéis estabelecem com a companhia internacional de inteligência
Quiçá outros diálogos, mas que se tenha em questão o especulativo de defesa, para sabermos apenas
Que não lidaremos com amadores jamais, e jamais saberemos qual é a intenção de certos grupos
Quando já deram mostras que um império, quando cessa a supremacia, detém em si o rancor
De agarrar-se àqueles países que ainda creem as potências que estão sob seus domínios
Mas, que, na verdade, já começam a sua grande fase da libertação!

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