sexta-feira, 4 de abril de 2025

QUE ESTRANHA FORMA DE CONCESSÃO


Uma reta final de dois dias, o vício se me pega de antemão
Qual redil, fumara um cigarro pela manhã, e escrevo despegado
Mas na exatidão e conformidade do ato, a medicina será escorreita
Mesmo porque não tenho a concessão de que o resultado do exame tenha sido bom
Apenas para estar cônscio de parar, e estarei na jornada final...

O intervalo dos estudos, a preocupação com um trabalho de compromisso, fumarei muito menos
E esse é o propósito para não chegar ao doutor com as mãos vazias, quando sua técnica é assaz importante
E demanda que eu crie minhas próprias, retemperando, posto de manhã, com as horas da noite se me pegou vontade tremenda.

O aço que me turva os olhos, na alocução de um simples bastão da droga
Parece dispor a concessão de uma anuência, mas garanto que o embate não cessará...

No entanto disto a paráfrase de ter atualizado meus estudos, e não estudarei o capítulo lacaniano das psicoses,
Pois isso é tarefa da psiquiatria, resumo meus estudos onde Freud me conceda seu saber
E prossigo com as tarefas conformes do dia, por vinte e quatro horas a mais, e que hoje estas sejam
Um salto adiante ao meu próprio consentir, posto ao menos tenho que manter o milagre de estar com o pulmão em dia.

Ao dispor da concessão que não devia moralmente me permitir, sei que o vício é uma enfermidade, mas há que se virar pedra bruta
Para não claudicar tanto, e quando a luta de se estar fumando menos cansa a gente
Estarmos afeitos a largar de vez, significa que a menor taxa de toxina já nos permite
Arremeter para um trabalho de abandonar – sempre com orientação médica –
Algo que para nós é digno de um regalo posterior, com o devido trato e atenção...

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