Não te peço algo, nem te peço nada do que não há e nem é
Porquanto o tempo diria que Deus fora compulsório no olhar do ateu
Que nos convenceria de sua acepção filosófica, e da não existência dos
sentimentos
Quais, a família fosse convexa como um nome qualquer, alamanda dos teus olhos
Que não te visse em outras, mas quem sabe, a vida se nos apanhe nas
entrelinhas...
Quem disse que eu fumaria algo se não fosse apenas uma salada de frutas em um
café
Quando, em meio a um rebuliço, a noite termina no Sul, e a ilha já está de pé
no costão
Onde um mar irrequieto brinca com teus dentes escumados de espuma o que verto
em ti no meu riso.
A questão da poética caudalosa é fazer amor com as letras, e estas se me
brincam em meu ventre
Quando somatizo o meu gozo em prosseguir vivendo do meu melhor modo, e que você
me esquecerá em teu próximo sonho...
No rio das águas secretas te encontro a fonte que deve secar em breve, e a
Natureza apenas nos contou que vivemos na textura áspera do tempo
Em que você existira na pele de tantas outras, que não recordo o gozo de outras
mulheres
Quando, na última que me fora concedida pelo destino algo feliz, sequer o gozo
citado me foi revelado em mim, por não ter concedido a graça...
Não quero que se revelem estrelas extintas, não quero comunhão com um infinito
inatingível
Posto esperar apenas o resultado crível de um futuro dormir shakespeariano
Ou a morte que já a tenho enlutada posto seja apenas uma sombra do que não
serei
Na verdade do que dizes e afirmas intimamente do que eu não seja, mas antes
seria alguém
Disposto a revelar-te apenas que quiçá exista mais medida suposta de realidade entre
nós...
sábado, 5 de abril de 2025
NÃO ME FAÇAS CRER EM QUASE NADA
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