Estarmos afeitos a algo em que deixamos o mar passar, como um rio,
Como se tecêssemos rudimentares versos da aurora
Porquanto quiçá inexista a realidade de um par concreto
Pois o que existe é algo que transcenda, mesmo materialmente, operacionalmente
Ou, no velho jargão mais humano, existencialmente
Aquilo que melhor se proponha um veterano homem, tecer o verbo, estar presente
com uma mulher
Que seja um símbolo, mas na verdade com Deus estabelecera a conexão mais
verdadeira,
Esse Deus ao qual nos aproximamos, misto de par e pássaros, misto de olhar e
negação,
Talvez até da verdade e mentira, do teatro que aprendemos na vida, de nossas paixões, do cerne
Onde a questão não seria uma ordem de algo ou alguém, estar subvertendo a si
mesmo,
Do nada, por uma questão de palavras, pois então, que a poesia prossiga,
solitária, aos ventos do leste que movem moinhos
Desde que Sancho Pança alerte Quixote em tempo...
terça-feira, 22 de abril de 2025
NÃO HÁ PORQUÊS
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário