Não que fosse tão simples a vida de um homem,
Mas, espiritualmente deve estar limpo, cada vez mais, pois o signo de sua
juventude
Poderia antes tê-lo feito imergir em agruras mais sinistras, do que porventura
a sua sede
Não seja propriamente de tocar um corpo, mas sim o tronco de uma amendoeira e
sentir
Que, sob a sua sombra, as pedras que vê através dele, e os ramos altos por onde
vislumbra o céu
São uma única razão de ser, mesmo que sob a outra ótica, a juventude esteja –
de fato – preocupada
Com os seus contatos eletrônicos altamente “produtivos”, no aquém do homem do sincero olhar de flâmula real,
posto o tronco possua sempre
Uma tessitura no madeiro que nem a mais cigana das mulheres saberia dizer algo a
respeito, quando de seu olhar de cinco segundos da mímese de um flerte estudado algo acontecia dentro de seu
display, e as palavras: “work and plaisure”
A aproximariam da possibilidade de fumar algo que sempre fumara ou de, à noite,
estar lendo algo
Que jamais imaginara se permitir na sua fantasiosa intimidade dessa forma, pois o rescaldo do
trabalhar e jamais aparecer novamente depende unicamente dos contatos “quase
permanentes por hábito e propriedade" e do patrão
Ou daquilo que jamais sonhara encontrar em um dia qualquer, no homem de olhar duro
e terno
Que um dia pensará apenas, em sua vida de mulher que se perdera, ou se firmara
na existência,
Que era apenas um qualquer, que não tecia relações quaisquer de poder em vão, pois sabe
que no tronco da amendoeira
Reside um inseto muito mais forte do que ele, guardadas as devidas
proporções: formiga que carrega seu fardo em silêncio, sem reclamar...
quinta-feira, 24 de abril de 2025
INOVANDO A PROTESTA
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