sábado, 12 de abril de 2025
Como podemos evitar o impacto traumático de ficar expostos diretamente demais a esse aterrorizante abismo do Outro? Como podemos enfrentar esse encontro perigoso com o desejo do Outro? Para Lacan, a fantasia fornece uma resposta para o enigma do desejo do Outro. A primeira coisa a observar acerca da fantasia é que ela nos ensina literalmente como desejar: fantasia não significa que quando desejo uma torta de morango e não posso tê-la na realidade eu fantasio que a estou comendo; o problema é antes: para começar, como sei que desejo uma torta de morango? É isso que a fantasia me diz. Esse papel da fantasia depende do impasse em nossa sexualidade designado por Lacan em seu enunciado paradoxal “Não há relação sexual” − não há nenhuma garantia universal de uma relação sexual harmoniosa com nosso parceiro. Cada sujeito tem de inventar uma fantasia própria, uma fórmula “privada” para a relação sexual − a relação com uma mulher só é possível na medida em que o parceiro aderir a essa fórmula. COMO LER LACAN.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário