Seremos mais
parciais ao apontarmos os reflexos que aparecem como sombras do que cremos ser
melhor em nossas vidas, na crença ao amor, na crença em objetos, porventura, no
que desejamos que aconteça do citado “melhor”, mesmo que nessa busca incessante
tenhamos que nos desvencilhar de nossos egoísmos mais profundos. Podemos estar
céticos com relação a muitas coisas, termos desapontamentos afetivos, o
espectro da ilusão, o bulling, as pressões cotidianas, os acidentes de escala...
Na premência de alcançarmos nossos objetivos em nosso eu mais significativo,
por vezes descartamos o essencial que outrora alcançávamos em nossa realidade,
e esse mal estar afetivo pode efetivamente nos causar danos, pois é uma parte
que nos falta, algo que não sabemos traduzir ao certo, uma ligação com outro
ser que não seja inerente a nós mesmos, quiçá uma projeção ilusória que fazemos
a partir do ideal de vida que jamais obteríamos não fosse uma certa tomada de
consciência que se faz necessária.
Apertamos
botões o tempo todo, e isso fazemos compulsoriamente, como se a realidade
estivesse “plugada” no mundo eletrônico, e por vezes fazemos amor como uma
máquina, onde a nota vem depois em uma mensagem de whatsapp. Ou mesmo sequer
nos damos ao luxo de fazer algo, pois muitas vezes o nosso “objeto de amor”
está apenas na visão de uma imagem minúscula, e recebemos a mensagem como se
fosse um beijo sintético, na visão mais hipócrita do endereçamento afetivo e
suas trocas, como se nos cozinhassem no vapor, esperando resultados que jamais
encontrariam fora do escopo de nossas fugas fundamentadas na realidade, na
forma de críticas mais concretas, e não no escopo desse tipo de engodo, onde o
reino de algumas criaturas se torna algo de rede, uma selva onde seus
tentáculos a tudo veem e participam... É a enigmática farsa da rede, e seus
aspectos variados, onde quando uma mulher fala a um homem: “fique com deus”,
ela apenas sugere que vá para casa e fique sozinho olhando para as paredes, no
máximo prestando seus serviços de forma compulsória, ou porque ela determinou enigmaticamente,
ou porque estaria a serviço de seus “padrões”.
Quando
se estabelece justamente um padrão fascista no escopo de uma política entre
nações, a vontade de poder se estabelece, e o que antes se chamaria de direita
pode virar um fascismo de esquerda, uma semântica orientalista subversiva, ou
mesmo um chauvinismo feminista. Em um mundo como o nosso, em guerra, diante dos
horrores em que um monstro como Netanyahu faz das suas, ou onde um pequeno
homem, a mando dos EUA, fica alicerçado pela OTAN, o fato de um racista pegar
o poder em um país da dimensão dos EUA parece que demanda que muitos tenham a
esperança de que tudo mude para melhor, que se deflagre o tão esperado golpe de
estado no Brasil, ou mesmo uma ditadura aos modos de uma revolução chinesa
tupiniquim...
A
semântica democrática é a única opção para termos a versão de um Governo
aceitável em nosso país, e tudo o que impera contra ou depõe contra, é
desmedidamente fruto daquilo que se chama tecnocracia digital, ou ditadura das
redes sociais, como um eufemismo que ressalta a ideia de um totalitarismo onde quem porta um celular crê piamente estar portando uma arma subversiva, ou
estar podendo contra as armas de fato, que na realidade existem para manter a
ordem e a lei nesta nação.
Não será
o Trump quem nos ditará as regras para sermos outros que não somos, e não serão
os subversivos, seja de que natureza o forem, que usurparão o Governo do
Presidente atual. Se aceitamos o predecessor, assim como aceitamos a democracia
desde então, haveremos de aceitar o que manda a Constituição da República, e
todo o ato terrorista ou, o que dá no mesmo, golpista, deverá ser punido nos
rigores da Lei, para darmos continuidade ao andamento democrático e a uma
sociedade saudável para todos, em reconstrução e União nacionais.
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