sábado, 25 de janeiro de 2025

O OBJETO DE UMA META


                Melhores dias quiçá se esperassem na alvorada de um verão inóspito, assim rezaria a meta de muitos... Mas o que seriam os melhores dias, para muitos? Ou poucos em nome de uma massa, alterna, claudicante, imigratória, defasada e carente materialmente? Em nome de que Deus viria a esperança de que “a meta” fosse alcançada, quiçá apenas a meta objetivada por questões da libido ausentada do mesmo objeto supracitado enquanto objetivo, na acepção filosófica da filosofia psicológica, ou não. Pontalis, em seu dicionário, relembra que a palavra meta deva ser empregada, assim como o alvo, ou objeto, assim como a não aceitação de um procedimento do pensar, assim como nada que fizesse sentido fora de um determinado eixo suturado pela doutrina do que não é, mas faz permanentemente seu viés de controle e soberba, seus propósitos controladores e exíguos, de feições sobremodo carentes de empatia, no uso indiscriminado de um serviço outro que não seria estar na axis mais verdadeira, no espaço e no tempo exatos, vertendo sobriamente, sem o uso sequer da marijuana, ou de outras substâncias que conferissem eletricidade ao fogo serpentino. O objeto direto, o nada, aquilo de a, ou x, quem diria, Lacan descobrira a pólvora, ao ver que no sentido mais lato o desejo de algo que não é seria mais transportado à meta do que o enclausurar linguístico da tradução da mesma, verbalizando através de gráficos ou planilhas o que seria melhor para a manutenção de um lucro, ou mesmo no viés exploratório, a forma e a função objetais de um ser humano faltoso, ou do não reconhecimento de um homem enquanto mera manifestação de um pensamento que pode estar ausente da lógica euclidiana. Não seria para relembrar nada de questões acadêmicas, mas apenas citar esteios de que o aprofundamento na lógica de Hegel revelaria grandes equívocos de escopo espiritual no grande pensador.

                A questão do método da meta em si e de per si, remontaria precedências em anos do século passados, a questão da linguagem, a metapsicologia, os fundamentos de Lacan como sucessor de Freud, e o objeto como entidade alvo, como fantasioso ou real, como objeto amoroso, como complexo de castração, ou mesmo como razão da análise do sujeito, enquanto paciente que carregue por extensão o sofrimento psíquico resultante de vários fatores na sociedade, especialmente o álcool e as drogas. As metas seriam válidas enquanto operativo, e isso inclui os serviços essenciais à população carente, sem eximir da responsabilidade de nos apropriarmos do escopo científico mais cabal para solucionar questões urgentes em vias de estar sendo discutidas, como relações de conflito entre nações, posições de natureza ideológica, ou mesmo crenças e etnias que sofrem rechaços por interveniência dos que ferem a cidadania do ser humano, sendo sectários, beirando vieses praticamente fascistas de atuação na sociedade. Se o objeto da “meta” se torna quem não se quer permitir que viva ao menos em paz, algo de errado estaria acontecendo em um cenário onde a própria justiça estaria colocando panos quentes por encima de realidades ou se imiscuindo de coisas a que deveria dar mais atenção, como a vulnerabilidade de fato de qualquer cidadão em posição mais fragilizada e a sede que muitos querem ter por ares de liberdade, mesmo que sequer devam algo à citada justiça...

                Por arremedo de consciência, o objeto de uma meta pode ser o viés da paz social, mas para isso teríamos que ter a consonância e harmonia democrática, a aceitação por parte das instituições e empresas e a efetiva ação do Poder Público para coibir o crime e preveni-lo através de políticas emergentes. E isso não bastaria apenas no enquadramento e aplicação das leis, mas da sua defesa permanente, não obstante o fato de que a "catexia legal" no sentido de se fluir a meta ao objeto de seus agentes, pode ser interessante, mas apenas no sentido de eximir de responsabilidade outros que estejam sendo “sublimados compulsoriamente” pela sinérgica atuação de forças de grupos ou coisas similares, que os estejam desviando de suas reais invectivas existenciais, para alugar seu tempo muitas vezes com coisas de redundância majorada.

                O aspecto de funcionamento das primeiras assertivas citadas acima coloca a questão de que mesmo que o aprofundamento das questões de investigação do caráter da sociedade não seja considerada ação afirmativa por um grupamento, ou não caracterize a meta desejada por muitas agências que trabalham nesse viés, há que se colocar um filtro e, enquanto cidadãos que somos, permeados do direito, devemos nos antepor e reivindicar a nossa liberdade de expressão e livre arbítrio, desde que isso não complique o andamento do regime democrático, e não implique em atos subversivos ao Estado, Município, ou mesmo à Nação Brasileira.

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