Antigos
e soturnos mitos revelam-se na era atual, esta em que vivemos, mesmo que
saudosamente nos antepomos ao próprio tempo tentando viver o próprio mito de
uma série do netflix, como se aquele conteúdo nos dissesse mais do que a
aparência que tanto nos ilude. Um recurso máximo que mereceria alusão é a
possibilidade fundamental da doença psíquica afligir aqueles que são
espiritualistas, mas por meio de seitas que na grande maioria lidam com
energias baixas e lúgubres... A afasia de Wernicke é um exemplo de muitos que
caem no ostracismo de uma possível linguagem, quando ocultam seus ocultistas
procederes, ou temem revelar o peso quase diabólico de suas intenções. A
intenção demoníaca, os anti cristos, os que detestam fundamentos que não sejam
a pressuposição mais materialista na lógica que nega grandes mahatmas da
humanidade, e apostam na metáfora de um armagedom e na sanha pelo lucro como se
isso fosse algo de mito, e não propriamente de realidade, por encabeçar
tamanhos delírios de grandeza são fatos recursivos nas sociedades onde a
civilização botou suas bandeiras, mas emerge sempre essa questão quase
demoníaca como modo de se viver.
Como no
caso de um doente mental, quando perdido em meio à selva dos drogados normais,
este se encerra como um que mereceria intervenção, e não o mito do selvagem, de
Huxley, que por um acaso da ignorância monolítica dos desavisados, quase
ninguém possui conhecimento, assim como o que era ser um alfa, ou um ipisolone,
no mesmo livro “Admirável Mundo Novo”. A negação do caráter do mito e a
perlaboração inconsistente de uma transferência ao mesmo insano e vulnerável
que, ao invés de receber a compreensão e ajuda, só a irá receber na ponta, na
forma de medicações e intervenção da medicina, quando já estiver em queda
livre. Se ele está na rua, é transferido para um lugar onde há mais usuários de
algo que lhe faça mal, se ele está usando, é um escape para seu universo mítico
descentralizado, e o mito torna-se transferencialmente sua própria invenção,
seu meio, e assim, sucessivamente com muitos, mesmo que alguns ainda não
possuam o mar, ou alguém que já passara por grandes provações da mesma Natureza
que o possa escutar, com experiência concreta e vivência necessária, tendo
atingindo a outra fronteira e ter conhecido acadêmica e teoricamente a questão
a ponto de dissecar o problemas como se visse, e algo de impotência enquadra o
paciente e o terapeuta no mesmo viés prolongador do sofrimento da era de quebra
dos mitos mais verdadeiros em que vivemos na atualidade.
A
brutalidade em torno da loucura é o escape do ser brutal por Natureza, e a
crueldade se vê no olhar das serpentes, posto na sociedade de modelo
capitalista do modo em que nos encontramos no planeta incandesce até as
melhores intenções, e aquele que ganha um bom salário por vezes reclama da
vida, mas quiçá por não ter uma noção mais evidente de que pode sair muitas
vezes do redil onde o álcool e as drogas o estarão minando, a ele e aos
familiares, e não adiantaria muito se ver às voltas com o mito de Thor, se ele
mal conhece a Natureza do martelo. Uma via de mão dupla, um mundo onde a guerra
continuada suplanta tudo e todos, onde a maior nação do mundo expulsa e retira
direitos dos imigrantes e promete poluir o planeta inteiro na corrida pelo ouro
negro: a transferência do mito do motor que funciona ao mito do capital, um
mito que invalide qualquer relação afetiva maior, e que silencie o menor gesto
de carinho, até mesmo da mulher que não pode gerar mais tranquilamente sua
progênie sem estar ameaçada pela multidão de “negociadoras do amor”... Cada um
volta-se para seu próprio redil, e aquele que pensa mais do que a maioria não
pode vacilar e há que se mostrar mais forte, mesmo com idade mais avançada do
que a inóspita juventude que hora se apresenta nesse viés conservador e
apocalíptico mundial. O mito de Sísifo vira moeda corrente, e trabalhar sem
sequer compreender seu propósito, a alienação, a marijuana como saída da ilusão
do ópio, ainda muitas vezes mesclada com drogas altamente potentes, como o K9,
subsiste no viés do prazer inacabado, e o próprio instinto impetrado por
Thanatos, vira o mito corrente, a grande pulsão de morte, regada muitas vezes com a overdose da coca... Vira profeta aquele
que não termina, um CEO, um trainer
empresarial, um gerente de vendas, uma porta que não se fechou depois do
inferno... Mesmo sabendo que estaríamos em entornos dantescos!
Qual,
as máfias pediriam reforços e a lavagem do dinheiro seria exclusividade do
supra citado “mito do capital”, devidamente transferido para o ato em si, sem
tirar nem por a questão de que a brutalidade traria satisfação ao id mais
secreto de uma sociedade que buscaria na sua incapacidade de se auto gerir
humanamente o escopo do ser humano, ser que evacua no mar, sem a necessidade, ou a presença de um Estado forte e disciplinador para que essas barbaridades como um todo não ocorram.
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