A placa que se solta do destino
E que o
homem vai ao comércio levando-a
Posto seu peso quiçá vale
algo a se ganhar
Não propriamente do pão que seria melhor
Mas
de algo de substância que engana a miséria…
Não que a
placa tivesse vida: metal, madura,
Mas sim que ela anda pelo
viés humano
Quando se desloca, o homem e ela
Pelos
inumeráveis cordões das ruas.
Um outro homem o
interpela, e pergunta sobre
E, no que o andarilho pede um
cigarro, e o homem concede-o
E passa a ver a placa, grande, de
ferro, com ferrugem
Quando lhe dá algo de moeda, e segue a
placa depois
E a placa fica na calçada, pois o homem que deu o
valor
Sabe que o valor do esforço do carregador
Ainda sabe
que o valor da moeda que não pesa
É algo mais concreto, posto
esforço do trabalho.
sexta-feira, 12 de julho de 2024
METAL MADURO
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