quinta-feira, 20 de junho de 2024

MEMÓRIAS DE UMA PÁGINA EM CONSTRUÇÃO


                Guardem fôlego para os pequenos pássaros, pois eles voam sem que saibamos seu número... No ressentimento de outras auroras, a vida passaria pela remontagem convexa de um tempo onde o abraço não possuiria a vanguarda da hipocrisia, e onde aquilo que se esperaria de um afeto seria o golpe desferido a muito longo prazo pelo sangue do mesmo sangue, onde um irmão se nubla em sua vida, e uma irmã-tia de um enfermo defende a prostituta, como se quisesse obter no futuro a alforria do perdão, sacramentado pela ingenuidade e bondade que sempre apostou naquele que possuía o talento, bastante, na juventude que fora, e na velhice que se aproxima, para todos, mesmo aqueles que estão tão jovens que já cristalizaram suas ações no inconformismo sem nexo de uma certeza, na atitude certeira de carteirinha, ou na vida que não volta atrás por um dia que seja, a vida deixada de lado, pelo único fato de não se conceder um único contato, a não ser na “família” que não existe...

                As incertezas dos tempos modernos passam pelo impróprio, pelo modo que não consubstancia o ato, pela foto negada, pelo medo de se ter o conflito residente dentro de sua própria projeção, na cautela de um tipo de guerreiro que nada mais faz do que aumentar seu id a ponto de fazer brotar um superego que enalteça moralmente sua condição, que essa entidade psíquica vira o primeiro comando de si mesmo, um id alterego, ou algo parecido, um self nas alturas, algo que não possua o nexo racional, posto treinamento da certeza e admiração de uma ninfeta ou de uma mulher experiente pelas novas modalidades de poder no gesto dos braços, na nova mania de empreender uma vitória alicerçada pelo totalitarismo desencontrado na emergência do pacto do nada, em se propor mais inteligente do que a realidade tupiniquim, no que pegamos a sobra da ajuda, como meio de supor não sermos mais inteligentes, mas no fim é o que esperamos do fator poder-recursos, do fator objeto, massa e circunstância, nas adjacências do que seja aquilo permitido, ou quase do Cristo permitido, o símbolo, e não nos homens que levam a sua palavra como apostolado vivo, verdadeiro, sem a criteriosa e duvidosa pecha do lucro em se doar bênçãos e milagres como quem vê em irmãos bem organizados a falta permanente de organização: a vantagem do paradoxo, e o chumbo da informação.

                Volta o animismo permitindo, anuindo o total ignorar o fato, e a ignorância de Shiva pontua que seja real o rent a life, a ligação permitida por ignotos e fracos insights, e a linha do tempo encerra mais um dia, sem que os bárbaros e suas hordas simiescas de supremacia branca não tenham batido os costados na impotência de suas virtudes homéricas. Como no caso da cultura japonesa, um cidadão contrata um acompanhante para ir a uma confeitaria simplesmente para estar com ele, sem a inflexão sexual ou qualquer outra Natureza, o que configura o tipo de solidão onde o afeto passa a ser pago, ou o que é pior, o diálogo mais verdadeiro do silêncio vira objeto de uma gôndola, de preferência mercadológica, mais um item de consumo, mas uma vivência a ser dada como pressuposto existencial, posto nos EUA talvez a incidência de imigrantes e sua legalização ainda imprima maior diversidade, do que o exemplo do fechamento das fronteiras da China, que abre as portas para as suas missões humanitárias ao redor do mundo, com o igual viés da troca, do comércio, do câmbio e da conquista financeiro-afetiva de Natureza extremamente mercantil.

                O fato da existência dos guetos na américa do sul, especialmente no Brasil, e como lidamos com isso, no estamento das áreas de atuação, como uma coisa territorial estanque, induz a que o controle sistêmico que passa através de controladores totêmicos como displays que recalcam sinais eletrônicos, ou TVs se circuito fechado com imputs e outputs, ou no viés governamental de outros sistemas: as rádios que veem na possibilidade da transição de uma a outra e onde a consciência individual, por mais amplificada seja o canal perceptivo, passa pelos canais captando as informações alimentadoras e facilitadoras da construção de um mesmo sistema reflexo do nada mudar, mas uma realocação apenas do Poder, nos faz crer que a distensão entre os países de certos blocos apenas irão culminar em uma corrida em que a famigerada corrida armamentista vai fatalmente ocorrer em virtude desses eixos em torno de várias proposições, pois todos aqueles que agora se utilizam do viés eletrônico na dominação dos meios fazem parte de diversos e diversos sistemas integrados por axis, ou eixos integradores, sejam eles os países do velho mundo, os EUA, ou o mundo oriental como um todo. Na visão paritária do que aconteceu antes de eclodir a segunda grande guerra, os aliados de hoje seriam justamente as populações que ainda não possuem essa “adequação” no sistemas de computadores, ou de ferramentais dessa Natureza, quando desintegrados e não apocalípticos por convicção, mas não bíblicos igualmente, no que tanja a que a realidade do Ocidente ainda prime por questões de ordem onde o catolicismo e as religiões evangélicas ainda dominam o comportamento das massas e da mass media.

                A predestinação de que a China venha a atalhar o processo, fazendo o movimento contrário e se antecipando à barbárie, vem a ser o diferencial humano que faz com que as ideias originais dos eixos e das câmaras de gás e da aniquilação dos seres humanos, ou das prisões em massa ao estilo stalinista, vertendo na ordem milenar de sua tradição mais humana e pacífica o hiato onde não brinca com especulações, e onde encontra na Índia atual e na Alemanha acuada pelos EUA na atualidade, braços tão poderosos e potencialmente humanos, no que culmina que a grande frente libertadora de todo o processo é o continente Africano, muitas vezes ignorado, mais tão pleno de riquezas que é onde a China e o Brasil com suas parcerias humanísticas acabarão por exercer forte influência para que a barbárie inconsciente das modalidades arcaicas de exploração de minérios de um século que já passou abra espaço para um mundo de paz onde a sanidade e a estabilidade espiritual faça com que os EUA também entrem em consonância com esse grande movimento, fazendo uma releitura profunda de sua democracia e vencendo as crises diplomáticas mundo afora, mesmo que tenhamos que saber que os extremismos ainda farão parte da dialética que se processa no berço da história das civilizações em uma era tão conturbada como a que estamos vivendo no agora.

 

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