domingo, 23 de junho de 2024

LÓTUS NEGRA


Quem serias, a flor que verte no lago
Sua forma de pétalas abertas
Quando da carnação pétrea
A saber do encantador pronome
Esquecido no Krsna que ainda não conheces
Mas que termina no antes que não começara
Quando ainda não soubestes que tua cor é mais profunda do que o saber...

Não que não fôsseis, mas o que era no te pertencer seria mais
Do que a aparente formação de um caráter sem precedentes
Quando irrompes nas correntezas da vida
Em um pertencimento que a aurora da primavera não ressente alguma atitude funesta.

Quando estiverdes nua no sôfrego mar de ti mesma
Saberás que terás por companhia as pétalas de teu corpo
Em uma questão do significado mesmo em que não rompas algum lacre
Que na verdade sei que sentirias mais o caldo de uma razão obscura
Na veste branca de um taciturno floreio da negação
Quanto a saber que serás mais negra em teu gesto de espera
Quanto o viés de sabermos que a vida em si não te espere mais morena do que já és...

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