O amor brilha no rosto do sol, e a sombra reflete essa luz repousando
Naquilo que não lhe daria a existência não fora algo que existe
E a sombra vira oposição, um pouco treva de dia, mas sombra
E que no sol ela nos dá o suporte do descanso, mesmo que sua forma seja
estranha
Como é um ser que bebeu demais durante toda a madrugada e vira sombra perante
outros
Posto sombra da existência, já que se tivesse o brilho de um sol que vejo
sempre
Em minha vida de estrela distante, vejo que o sol brilha de encontro ao meu
chapéu
Quando o outro, passando, qual sombra, não sabe que sabemos que suas faces de
certeza
Por vezes possui um gesto antigo, qual sombra de um passado, qual projeção de
uma parede
Que muitas vezes mãos caiaram com estranhas tintas, e que no reflexo da
lembrança
O sol que vejo eu vejo no sol que vejo a paz, quando vejo que na sua paz está
A veste do que tem trajado pela vertente de quiçá esteja vendo a sombra com
outros olhos
Quando na verdade o que antes supunha ser o sol a sombra, verá mais tarde que
na estrela
Outras estarão a brilhar em outros sistemas solares e as galáxias ainda
revelarão
Que a estrela que delas fazem parte nada mais são do que luzes como cardumes de
contentamento
Quando uma delas, apenas, dela desce um homem para ver que no sol
Estará a estrela tão grande que a outra, quase extinta, verterá na memória dos
milênios
Os sonhos de que o homem, depois de desaparecer sobre a terra irmã do sol
Voltará a outra que lhe caiba melhor em seu latifúndio de vida e luz...
terça-feira, 11 de junho de 2024
DO AMOR E DA SOMBRA
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