sábado, 2 de março de 2024

OS FANTOCHES QUE PROVOCAM A MIXÓRDIA DE UM FRISSON


                Era um sábado como qualquer outro, eu não sabia direito o que fazer a respeito de muitas coisas, mas algo eu não deveria fazer, posto me sentiria já o palhaço real dentro do contexto de um grupo insano que gostava de fazer fetiches e brincar de cineminha, ou de agências secretas, ou essas fantasias que geram o lucro dos patrões, mesmo quando uma coelhinha já estava determinada a cumprir o seu papel imbuída da missão de devaneios pretensamente revolucionários de antanho, pois o que rolava era a velha questão do financeiro, e da sedução em direção a um homem, com o patrocínio da empresa, e eu achava tudo aquilo tão ridículo que me postava já no dia anterior, naquela sexta deste excerto, a estratégia de sequer tomar um guaraná em dito covil, onde as serpentes ficariam a ver navios quando sob a expectativa de uma ação se repetir, no que a inação viraria a ação tática mais afeita ao não erro, e eu não sairia do conforto do meu lar, sequer dando atenção ao que era profundamente ilusório dentro do escopo da realidade, pois já sabia da estratégia dos drogados e traficantes...

                Na algibeira de minhas intenções mais sérias, sabia que tinha compromissos outros, e não ficar me envolvendo com cadelinhas que nada iriam me oferecer além de mostrar seus rabinhos inquietos... Naquela semana, havia tomado bastante água, almoçado, e deixaria as coisas como estavam, mesmo sabendo que naqueles sítios a corrupção era grande e o tráfico imperava sempre, como uma Chicago onde o Capone por vezes é agente que desconhecem. A única coisa que sabia era que o grupo que estivera frequentando era contra o Governo Federal, e que tentaria, através do tráfico de armas e drogas, se insurgir, ou tentar a corruptela ridícula de montar um tipo de quartelete para imiscuir-se dentro de algumas lideranças, para que a subversão instalada ainda recebesse a autorização e cobertura de algumas forças, quando na verdade quiçá essas forças conhecessem que estaria um federa ou outros infiltrados para que a verdade saísse das escaramuças, e a investigação desse conta do recado em um domingo que prenunciava o dois de março, naquelas tentativas derradeiras de – através da comunicação integrativa com outros lugares do planeta ou de outros estados subversivos da federação – estarem bolando um tipo de estratégia particular para nulificar uma voz, ou torná-la amiga a partir da contravenção e uso sutil da prostituição de suas funcionárias para extorquir a proteção necessária para o bom andamento dos negócios da “boca”.

                A partir do momento em que as mulheres começam a usar o artifício de se tornarem difíceis, ou aparentemente sérias, a coisa fica mais previsível, pois o homem se torna mais blindado com esse tipo de dissimulação e modalidade de falsárias, de hipócritas e de frias consortes dos patrõezinhos, muitas afeitas a verdadeiros criminosos pertencentes por vezes a facções ou ligadas a elas visceralmente, quando um homem sabe quando uma mulher está travada, por onde ela teve andando, e por quais bocas tem trabalhado. Como se abrisse o pano do palco e se visse todo o cenário montado, e a questão atávica de que uma mulher que já não recebe insumos paternos sequer diria o verdadeiro motivo pelo qual seu próprio pai lhe boicote. Como seus voos são curtos, jamais saberá dizer o significado mesmo de um homem, e já sabe do seu endereço, mas não sabe das fortalezas que os solidários vizinhos já montam guardas equivalentes, onde a fortaleza desse guerreiro pelo bem é inexpugnável. Por mais que queira se prostituir, não conseguirá nem um boquete de meia perna de onça...

                O que parece um movimento não passa de uma construção improvisada e pensada para fazer de um laboratório de ratos, a própria consecução de contatos, já que para certas olheiras e agentes do tráfico precoces, seu denodo não traduz a proteção que, infelizmente, naquele início dos seus trabalhos não conseguirá a contento nem um por cento de sua missão, pois o homem que esperava fora mergulhar no mar do dia seguinte quando a alforria de suas pernas encontrará lemanjá mais sequiosa de amor do que a secura do pó que a champanhe não sacou de dentro de suas pernas...

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