quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

CANÇÃO DO CARINHO


Sopra o vento, meio frio, de uma quarta linda onde as cinzas são o húmus sagrado do amor
Lembrando o vento úmido a ternura das pétalas da mulher amada quando regadas pelo carinho
Que nunca nem jamais será disposta a uma questão que não seja um sentimento amoroso
Posto por vezes – se sofrera ou se ainda sofre – há um amor tão concreto por ela quanto a primavera dos girassóis...

Nem que tudo seja apenas o carinho do olhar que por vezes ela agora tente evitar, mas não,
Que olhe para si mesma, que possui o olhar mais belo dos mundos espirituais
Mas não seria possível o mesmo olhar dentro de sua retina de diamante e seu cristalino de safira!

Ainda que não seja a vida o ósculo de um inocente, por vezes, o vento traz a resposta, de uma vida
Em que muitos quiçá não saibam que nas quartas que sucedem o Carnaval, muitas não sucumbiram e, se tal fora,
É de quedas que se vive a vida, e este poeta dos descasos raros, não diria o distinto
Pois caíra por décadas a fio, mas apenas sugere algo para preservar a vida de crisântemo da mulher
Que se mantenha bem, por Deus, posto que o poeta, este sim, cai todos os dias por você.

E que de cair o homem que se ergue, a areia da praia, qual capoeira angolana
Traduz que não seja apenas mais um homem, pois por vezes a sinceridade quando feita de quartzo aberto em flor na pedra de um rio
Apenas sinaliza um novo tempo em que traçamos as nossas liberdades concretas, passo a passo.

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