quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

POR TEMPOS DE ARES DE VIDA BREVE


Não que não fosse tanto
Ao tempo do mesmo
Que o tempo fora
O silenciar dos gestos
Ao rotor quase inconsequente do afã
Mesmo no nublar de não dizermos nada
Posto fora o nome da flor, e significaria algo?

Histórias perpassam, um algo de quê, que seja
A enrodilhar a manivela da engrenagem
Na silhueta que se vai caminhante de lugar a lugar
Sentindo pétrea o pedestal de se colocar desnudo
O ventre de um passado em que a ferrugem toma conta
De outras coisas que sequer farão sentido em outros lugares...

Mas que se dê a vida, já consumamos o fato, seja feita a vontade do nada
A um tudo que pressupõe vertigens onde certas orientações vem de um verbo
Ou de um sinal quando segura uma matraca, ou de um silvo de prazer quase pronunciado
Nos sentires do que já passou, posto na segunda investida já se acostumou a musculatura.

A carne fala alto como o sentimento de um farnel
Onde tecemos a presença na cama de uma senhora enferma
Na superfície mesma do carinho, outras formas, outras vertentes...

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