domingo, 10 de dezembro de 2023

O ID


                Qual não seria o Id, esse estranho ser, contrafeito, tranquilo, quem dera, quem fora, nas internas do querer, o que seria, ser o ser, o imo, a raiz, a identificação, um ser que não é, não existe, é a intimidade, algo que seria maior do que seu primo, o Eg.

                Id possui parentesco com certa máquina, qual, não fosse um endereço, e as coisas se confundem, posto a venenosa questão do ser e do não ser, qual seria o Id que não fosse a verdade qual não fora, a verdade mais aproximativa, o querer, o ser em si, basta, que não o Id repita tanto essas questões do quem era ou foi.

                O Id nunca olhou para si mesmo, pois seu primo sempre aparece antes na frente do espelho, e ele vai olhar, e lá está, o mesmo Eg de sempre! Nas vicissitudes de anteriores questões, na verdade o farnel da semana já estaria mais pronto se Id não convidasse o Self, seu melhor amigo, a percorrer a praia no dia seguinte, carregando um tal de corpo, que não bastaria ser máquina, pois de máquina já temos até a memória...

                Ah, se supusesse o homem, aliás, o homem, a mulher, o Id de um ou de outra, seria um réptil a forma, ou um domínio inconsistente? Personagem quase ausente, o Id, mas perfaz que fosse mais afeito a ninguém, mas significa a essência mais essencial, tarefa hercúlea encontrar o Id, e um óculos graúdo de um grande médico chamado Freud o encontrou em alguém e o nome se tornou gigante, tão grande quanto infinitesimal, e a história revelou que todos o têm, e a questão é saber que o nome do Id permanece, e Antônio, ou Cláudio são tantos, tantos, com Ids diferentes, assim como qual um número de máquina, mas um pouquinho além dessa Natureza.

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