sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

FORCINOTROPS


              Mistura de manivela e mão de bisturis, meio de maquiavélicos recursos, qual não seja, um objeto cirúrgico remoto, o 5G humano, o meio, a faculdade, a técnica, o muscular como tecido a ser vencido, o adiposo anterior, a pele anterior ainda, sem os vasos subcutâneos, necessariamente.

              Um historiador remeteria um parentesco com o antigo fórceps, o que extrai, aquilo que retira, a ferramenta férrea: pinça derradeira. Misto do metal com o psychotropic, algo de não sustentador perpétuo, do dinamismo das alcovas de um grupamento, algo do beijo na tela, de uma promessa ou de um afetivo e qualitativo procedimento quase militar... Não que o fora de tal, um procedimento tático, mas que por vezes a nuvem do afeto nubla o clarão de um relâmpago anunciador.

              Forcinotrops lembra algo de destino, mas lembra o destinar-se a independentizar, romper amarras, não claudicar perante óbices, e talhar letras menos inóspitas do que certos ventos em cactos que sugiram. O dente de Forcinotrops é toda a sua arcada central, e possui a força mandibular de uma mordedura de lança, ou seja, perfurador, e se abre nos arcos laterais: ferramenta constritora de nódulos e afins.

              Mas vira, pode ser um viageiro de uma quadra que encontra espaço dentro de uma rede suplementar, e pode vir a ser este texto agora amparado por uma leitura, o que torna nosso personae quase humano, pois mesclado com a máquina tece a consideração necessária a respeito.

             

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