Serpentes de cristal dos azeites de azinhavre
Relembram superfícies das engrenagens tortas
Na profusão de sentires inquietos, quais não fossem,
Os sentires da vida, por si e de per si, e por isso bastassem...
A verve dos inocentes, a plataforma oceânica da rocha de granito
A linga oculta em uma breve praia
Ou o tridente marcial vindo de uma tempestade na forma de madeira gigante.
Shiva pressente todas as maquiagens, vê as tatuagens como alfombras ocultas
Na pele pronunciada, e a onda de se ver não deduz que se seduza tão facilmente
Posto agora oculto em Kailasa não prevê que o Himalaia de si mesmo seja tão
belo
Quanto a floresta de concreto mais oclusa na companhia de um mar misterioso de
bruxos.
Em sua profusão de sentimentos quase ausentes
Rudra permanece isento da ilusão, e sempre e silenciosamente predito
No que infira as flores dos sistemas, ótica quase remanescente da questão
supracitada...
No que permaneça em lugares mais críveis do ser, que seja, a Maya presente em
todas as vielas
Não saibam os demônios que alguns ele não pode sequer tocar, posto a sua chave
de transposição da vida
Não detém em si a vertente que não possui nomes
Pois estes não consagram além de sua repetição, como tantos são os Josés.
O istmo entre o lazer de Shiva e a forma de Durga, em sua porção mais crua
Naquilo que subentenda ser de fato a realidade, posto Krsna existe sem a visão
de uma fantasia
Não reduz que na página tecida por uma juta, ou na haste de uma grama não
exista a consciência suprema que o governa...
E o que não é transposto não seja o conflito dos desejos quase obscuros
Onde um manto de beijos sobre a superfície de uma flor noturna
Pode ser a realidade de se acordar embriagado pelo néctar de um dia a mais
Sem uma única substância de entorpecimentos maiores, qual não seja o amor...
sexta-feira, 15 de dezembro de 2023
FLORES NOTURNAS
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