domingo, 17 de dezembro de 2023

CRIPTCAVATAR


                Misto pétreo, lousa de pedra bruta, lápide enjeitada, personae que emerge de uma cinza rubra, cidadão dos infernos... Cristal e semântica da ira calculada e inóspita, o sem código, aquele que desfaz o bem, aquilo que recria o mal. Despe as meninas vulneráveis e as entrega para o algoz de si mesmo, chupa o palito de ferro e cospe suas próprias entranhas.

                Gosta de estar em hospícios e reivindicar preconceitos ocultos, gosta apenas de achar que é viril posto saber que em seus relhos os cavalos não o aceitam como suas éguas criadas. Cria laços de dependência sem o afeto que não possui jamais e jamais se depara com a verdade...

                Míticas à parte, sendo o devil creator de sua própria imaginação behaviorista de imposição fraudulenta, seus códigos não passam de repertórios inóspitos de uma tecnologia de informação mal calculada, em seus quartéis vindos dos EUA e do Canadá, em sua crença equivocada de que esses países efetivamente queiram cuidar de seus interesses na América Latina.

                Criptcavatar é um nome que sugere as criptomoedas que cria em sua bolsa de vinil, onde defeca igualmente outros ganhos de nomeada. Notoriamente, não tergiversa com o imediatamente ilícito, pois seu território são os sentimentos, a boa vontade alheia e a inconsequente participação de algumas parceiras envolvidas, disfarçadas em sua hipocrisia ou não, posto para elas é divertido brincar do mesmo player.

                Envolto até a medula, pode se considerar intocável aos olhos da lei, mas dentro de um grupo de proteção encontra submissos quartéis secretos que lhe dão amparo... Dentro de sua derrota moral não encontra um total fracasso, isso posto, pois lhe vêm até mesmo reminiscências da época da faculdade, como propostas que teve no que chamava de “ativa”.

                Posto de inflexão criminal, alguns parceiros tipo leões de chácara ainda sobrevivem ao seu lado, pois só perderiam se depois do carnaval carioca os dias de chumbo tão esperado vigorassem em solo que jamais consideraria pátrio, pois se acham cidadãos do mundo, e Canadá é apenas uma promessa de um spa tranquilo, quanto mais em companhia de uma gueixa prometida por Criptavatar, dentro do solilóquio do procedimento mais cabal de uma oferta ou premiação generosa ao falso combatente.

                Em si, por si e de síntese posta, nosso personae tem sua cripta gravada no rosário que jamais rezara, que por si calça um enigma da laje encoberta, meio mítica criatura de cinzas rubras, meio fênix não renascida, meio chumbo, menos vida e mais morte, mas gostaria muito de ensimesmar seus desafetos ao mesmo inferno onde seu lugar é de merecimento e comprimento.

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