sábado, 9 de dezembro de 2023

ARMATRIX


              Criatura quase não crível, tipo equação transposta no ventre, a senilitude de um ser do outro como alvo, cruel, das guerras, do fogo, dos sapos e dos salitres, no entanto digital codependente. Gosta do efêmero, dos gatilhos, dos sonhos das weapons da morte, quer mudar coisas, e muda a si mesma: fêmea dos tirocínios. O ébano é sua pátria, mesmo que saiba que seu corpo muda de amores não por si, o que seria ser mais do que aventar outras possibilidades. Vive no sistema, luta pelo sistema, ama o sistema, mas não sabe sequer a linguagem basic de programação, quando de nascituro mais tardio, perdendo a transição de gates.

              Seu corpo é de mulher, sempre, sempre será e por isso se torna uma criatura, no paradoxo das planilhas e do decoro do não ser apenas a ficção o que se perdura no carinho que possui, outro anacronismo... É por que é, não seria se não fosse, apenas.

              Sua salvaguarda é o desprendimento, a guarda em si, sendo quiçá da matrix da terceira geração o ósculo mais sagrado no cristal onde o aparecimento se torna fascínio e conduta, sui generis, a vida, respira, não fábrica e mais cinzel, posto Miguel, o Angelus a teria transformado em uma versão de mármore ou granito negro de Davi, posto a alcunha de que nem todo o guerreiro bíblico haveria de ser apenas um homem.

              Poucos conhecem Armatrix e a possibilidade de sua força, mas seus braços são de uma carne espiritual que não faz parte apenas de um simples planeta, porquanto talvez houvera descido à Terra com similitude com um sistema para ensinar que, dentro dele, se pode funcionar com base na alavanca dos humanos que ainda são muitos...

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