sábado, 19 de agosto de 2023

ÉBANO


Jamais veria, se supusesse, agora estou em meu quarto, uma máquina
E escrevo, relembro um rosto, algo de olhar, algo de boca
Sempre, em determinados dias, e que me perdoem os dias de falta
Posto há de serem muito bem justificados não estarem em dia do serviço...

Mas esse serviço apaixonante, o sorriso de pérolas por entre as faces
Não de um ébano expatriado, meio triste, africano e solitário
Mas sito, de origem, algo minuano, de rio que verse, que um pampa soletre
Não fora a discrição não seria o mínimo, posto a minha impressão do dia anterior passa...

Ontem falara com um homem, tipo capa preta, estava na rua, como sempre, e eu dei o cigarro
E ele volta, forte, caminhante, para um destino a que não pergunto jamais
Posto companheiro que muitos tecem um preconceito agora já silencioso
Por se acostumarem da camaradagem de um quase louco branco com um negro bem maluco. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário