segunda-feira, 7 de novembro de 2022

PASSAR TEMPORAIS


Passe o tempo que passe
Ao passe livre do passado
Que nos remete ao arbítrio preso
Na veste do rumoroso vento
Em que pássaros ruminam estrelas
E óbices lunares encabeçam pretensões.

Da protensão estendida sobre o insolvente
O lado não se pretende mais equacionar pressões
Quase por se tomar dianteiras algo precoces
Nos ribeiros em que se toma um té.

Suplementares questões aturdidas
Não ofusquem os óbulos inconsequentes das razões
Onde não se pretendam equacionar as vestimentas do caráter
Se porventura não descendam da entronização dos dias.

A rigor, seríamos mais diametrais na circunspecção das atitudes
Se o feixe de elétrons não desfizesse a mesma equação
Onde se escondem os painéis de uma transferência funesta!

Qual não seria um tempo outro de outros direitos
Onde a razão tergiversasse sobre outros verbos
Qual um latim redivivo na consonância de um mundo
Onde a raiz da língua daria as letras dos contratos…

Seria a literatura quiçá mais sólida
Porquanto lideranças predicativas
Onde o substrato do substantivo
Adjetivasse o significado mesmo dos meios!

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