Nós que fossemos os nós, conosco, mesmo atados ao outro
Que não perfizera derrames ou controversos afinamentos
Nas palavras que estivemos por descrever, os funcionamentos de manivelas
Ou decalques nas tatuagens que teimam por tentar seduzir, não nas entranhas
Pois, além dos orifícios do prazer existe o obscuro mundo das vísceras...
Nós taxativos, os de escota, o borromeano, aquele cego de carregar sacolas, o
enfeixado do treinamento militar
Ou, quem sabe, aquele nó que um intestino pode ter na contenção de um obeso
mórbido.
Nós do prisioneiro cativo, do sequestrador que exerce seus crimes, que não
possui conduta, atado
Ao paroxismo da maldade, evadido da justa, mantendo a vítima presa em uma jaula
E torturando-a sem que ninguém soubesse, pouco a pouco, tal a vicissitude do
horror.
Nós daqueles que querem esse retorno, plenamente justificado por um outro nó,
empresário contumaz, loiro, cabeça ágil, esperto, alicerçado,
Essa cabeça que ninguém quer mais, esse ser abjeto que quer o pior, estranha
besta que nos ata ao Apocalipse.
quinta-feira, 10 de abril de 2025
OS NÓS DO TEMPO
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