sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

O VOO CONSONANTE


Estar ao rês do chão, depois de noite quase banal,
Afeito à síncope de um ser que não seria, quem sabe, um ofício
Mais pungente, ao que uma neurose bastaria a quem saiba
No outrossim, deste modo, quase beirando o artificial.

A expressão máxima do viés literário, a forma sem a função devida
E a cristalina forma de se estar em oceanos da arte, quem dera fosse sempre.

Porventura estudar coisas herméticas, já tendo quase estudado o suficiente
Mas, quem sabe, será sempre bem-vindo um conhecimento cabal
Onde mais e mais letras se agreguem no arcabouço de pensares quiçá duros
Outrora, e hoje apenas o indizível e clássico laurel da fortuna anunciada!

A poesia é o único modo de voar, é o sentido pleno do poeta, pois é seu alento,
E disso não tira a questão de saber-se vivo sempre que estiver praticando
Na respiração mesma do que vem com força, mesmo que saibamos um dia
Que a terapia de um analista é aquilo de compromisso com o valor da ciência...

Nenhum comentário:

Postar um comentário