Tentes ser algo de monta, algo que sinta ao menos algo
Ou que algo não sejas, mas que faças que jamais tenhas
Que ser a parafernália tão crua de teus planos
Naquilo da imersão de uma estrutura do ser que não seria
Na plenitude de verter quiçá o sal de uma lágrima no poente da hipocrisia...
Não que não se tente, mas a verve do que não seja
Não era o ponto de se ter a anuência da descoberta
Mas, outrossim, o ponto que não segue marcando distância
No nascente de um dia, quem sabe, um dia não ruim
E que não encerre aquela página do ontem que não parecesse simples.
Decorre circunstância similar, mas ater-se ao factual de uma desdita
Por vezes é apenas a faculdade de saber escutar a história de outrem
E não verdadeiramente viver o improvável na própria veia
Quando descobrimos vertentes quase inumeráveis no tempo em que certo registro
Fica de mão certa no leito do saber como legado de que algo – ou aquele algo –
já foi dito...
Mas se encontrasses com teu eu mais proximal, quem o saberia, senão o outro
Que te perfaça o viés do concordar-se com a vida mais simples de não se complicar
Quando o que nos espere não seja apenas a inquietação de um simples dia no seu começo
Ou no notívago ato do término da noite, na preparação para o ato do descanso
Quando - a se repetir - o simples seja aquilo que melhor perfaça vinte e quatro horas.
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
O RETIRO DE UMA LÁGRIMA
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