terça-feira, 20 de agosto de 2024

ESMERALDA EM GRÃO PARÁ


Fui posto, um dia, com meu pai,
Subindo o rio pelas pedras, a cata da esmeralda
E as flores de quartzo se nos brotavam no caminho
Quais semânticas do que seriam pedras brutas
E, quiçá não fossem, o lépido senhor idoso pulava
Qual cabrito montanhês, no que de herança de suas pernas ágeis
A fortaleza se me invade hoje, morto o velho, na balança de um pêndulo
Onde quiçá os nascituros que não houve não recrudescem saudades
Já que a paternidade é para os iguais e diferentes,
Consonantes ou não, o sangue de um pai é sempre o sangue da gente...

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