domingo, 19 de maio de 2024

CANTO DE AMOR AO AMOR


Saiba, e você sabe, mulher, que eu falo
E digo, que quero algo, saiba que o encontro é um
E uma é algo que não há, o que há é um encontro, um...

Todos os dias as tuas presenças são como uma pequena máquina espiritual
E verte como na selva, todos os objetos sob as tuas pequenas mãos
E a maneira como nos encontramos, não que não me encontre com tudo
Mas me entenda, é cedo ainda para que nos toquemos como goste talvez: ou não.

Ninguém seja de ninguém, apenas a presença seja o fato, seja a razão e seja o ato
Que não rememore muito, mas que já fale um pouco seja a mãe que és, mas de fato:
Não sinto saudades de coisas que sei que existem, e se somes para sempre da minha vida
Não temo sequer, só quero que estejas bem, o signo da propriedade sobre a mulher não me pertence, mas saiba, se não me quiseres para outros momentos mais discretamente participativos
Eu me evado de mim mesmo, pois recriar substâncias alternativas é criação consciente
E permitir-se amar é o que lhe peço, nem que o seja em mais do que um sinal consonante
Posto quero que trilhes a senda do conhecer, e que conheças o mundo do Universo
Como quem fala do cosmos quando acompanha um pássaro passeando no jardim.

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