Figura
potencialmente virulenta na sua franca macheza, vive falando de suas vantagens
como homem violento, de temperamento covarde, gosta de violar o ânus das
mulheres, estas que seriam ainda virgens nesse local, e infere coragem contra
os mais fracos, e perante guerreiros fortes se acovarda. As vulneráveis são
presa fácil desse tipo de fantoche, quando pensam ter um aliado à altura em
certas lutas que já fazem parte de um século que passara, e depõe todo o tempo
contra si mesmas, denotando que suas tendências serão partir para se intoxicar,
ou quando colocam tais criaturinhas anódinas a serviço da engrenagem dos
tóxicos em nome de certas resistências que já terminaram de fato.
Potêncius
geralmente é tosco de raciocínio, ou raciocina demais como um rato grande e
reflexivo, no que as respostas de sua libido são remontadas todas as horas, e
sugam de uma relação todas as possibilidades, botando a perder a parte secreta
de suas amantes, que a ele se entregam quando criam, até prova em contrário,
ser um guerreiro invencível, ele mesmo quando não se dispõe a lutar, mas a
provar a sua masculinidade a toda a prova, em detrimento do tempo em que não
luta, mas apenas se alicerça nos covis pronto a exercer seu “serviço” como
soldadinho subversivamente suspeito.
Não sabe
que é apenas um capacho da mulher que o usa como macho viril, como braço
direito da fraqueza de sua impotência feminina, quando na realidade a mulher
passa a se entregar, no arremedo do poder de ser prometida a um homem anônimo,
a parte da não entrega a esse homem, mal sabendo ela que já o perdera desde o
primeiro dia, quando o sábio vê na primeira mentira o concubinato familiar, a
queda de braço de primeira ordem, e a sílaba que ela não devia ter pronunciado,
quando procura envolver com olhares os homens, e seu corpo – de fato – é tão
pouco atrativo que sequer saberia realmente seduzir um grande homem.
Dessas
distâncias inferidas, Potêncios vira acessório, ou muleta que a mulher passa a
carregar, uma perna a mais, de chumbo, e ela tem pena da derrota do guerreiro
acovardado, pois o sabe ter sido uma derrotada sempre, desde que perdera a
noção de que uma guerreira de verdade já a derrotara desde o início, e apenas,
igualmente por piedade do seu parceiro, deixa a mulher penar a si mesma a
derrota moral que desfalece o sofrimento necessário de não conseguir nem a
tentativa vã de Potêncius, nem a hipócrita questão mundial dos sacrifícios
humanos em que se tornara o horror da guerra que defende, a favor dos fascistas
em Israel, em nome da libertação na América Latina, diretamente de uma cidade
que não vivera, pois brincara todo o tempo de ser gente arregimentada pelo
crime e intoxicação, em nome de um passadismo que um homem como qualquer
outro, forte ou fraco, apenas observa, sem necessariamente passar pelo crivo da
tatuagem tão reveladora da mulher nela estar retratada como símbolo da maldade
que sequer veio a conhecer.
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