quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

POTÊNCIUS E MEDUSA


              Figura potencialmente virulenta na sua franca macheza, vive falando de suas vantagens como homem violento, de temperamento covarde, gosta de violar o ânus das mulheres, estas que seriam ainda virgens nesse local, e infere coragem contra os mais fracos, e perante guerreiros fortes se acovarda. As vulneráveis são presa fácil desse tipo de fantoche, quando pensam ter um aliado à altura em certas lutas que já fazem parte de um século que passara, e depõe todo o tempo contra si mesmas, denotando que suas tendências serão partir para se intoxicar, ou quando colocam tais criaturinhas anódinas a serviço da engrenagem dos tóxicos em nome de certas resistências que já terminaram de fato.

              Potêncius geralmente é tosco de raciocínio, ou raciocina demais como um rato grande e reflexivo, no que as respostas de sua libido são remontadas todas as horas, e sugam de uma relação todas as possibilidades, botando a perder a parte secreta de suas amantes, que a ele se entregam quando criam, até prova em contrário, ser um guerreiro invencível, ele mesmo quando não se dispõe a lutar, mas a provar a sua masculinidade a toda a prova, em detrimento do tempo em que não luta, mas apenas se alicerça nos covis pronto a exercer seu “serviço” como soldadinho subversivamente suspeito.

              Não sabe que é apenas um capacho da mulher que o usa como macho viril, como braço direito da fraqueza de sua impotência feminina, quando na realidade a mulher passa a se entregar, no arremedo do poder de ser prometida a um homem anônimo, a parte da não entrega a esse homem, mal sabendo ela que já o perdera desde o primeiro dia, quando o sábio vê na primeira mentira o concubinato familiar, a queda de braço de primeira ordem, e a sílaba que ela não devia ter pronunciado, quando procura envolver com olhares os homens, e seu corpo – de fato – é tão pouco atrativo que sequer saberia realmente seduzir um grande homem.

              Dessas distâncias inferidas, Potêncios vira acessório, ou muleta que a mulher passa a carregar, uma perna a mais, de chumbo, e ela tem pena da derrota do guerreiro acovardado, pois o sabe ter sido uma derrotada sempre, desde que perdera a noção de que uma guerreira de verdade já a derrotara desde o início, e apenas, igualmente por piedade do seu parceiro, deixa a mulher penar a si mesma a derrota moral que desfalece o sofrimento necessário de não conseguir nem a tentativa vã de Potêncius, nem a hipócrita questão mundial dos sacrifícios humanos em que se tornara o horror da guerra que defende, a favor dos fascistas em Israel, em nome da libertação na América Latina, diretamente de uma cidade que não vivera, pois brincara todo o tempo de ser gente arregimentada pelo crime e intoxicação, em nome de um passadismo que um homem como qualquer outro, forte ou fraco, apenas observa, sem necessariamente passar pelo crivo da tatuagem tão reveladora da mulher nela estar retratada como símbolo da maldade que sequer veio a conhecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário