Algumas
pessoas fazem uso do álcool e outras substâncias, com a real motivação de algo,
ou seja, de obter o estado de euforia, de alegria, ou mesmo do que se pensa ser
o relaxamento de tensões, ou, caso de substâncias estimulantes, manter-se ativo
– aparentemente -, acordado, produtivo, ou ligado, no jargão da gíria dos
drogadictos usuais. O estar em sintonia com algo infere que, por exemplo no
caso da maconha que é uma substância que afeta a percepção sensorial e de
pensamentos, quem não faz uso da mesma em uma roda sequer pode compreender a
viagem, ou mesmo essa sintonia supracitada, posto parecer, quando uma pessoa
não nega o uso, ou se inibe diante de amigos sobre essa chamada “caretice”, que
estar fora desse contexto signifique quiçá até mesmo perder o vínculo social, o
mesmo se dando no álcool, mais recorrentemente, pois é droga que se vende em
qualquer lugar e denoda até mesmo um aspecto cultural arraigado nas sociedades
desde há muito tempo. Esse é um primeiro contato com qualquer substância, o uso
em si, posto por vezes algumas pessoas que estão em fase de formação cerebral
que vai até os 21 anos, fazem uso indiscriminado do álcool, por isso a lei de
que não se deva vendê-lo a menores de idade, já que o córtex frontal responsável
pela percepção e organização do pensamento é prejudicado pelo abuso da
substância.
Na
questão do abuso, as pessoas começam a perceber as perdas do uso do álcool, os
primeiros apagões, as ressacas, ter dormido com quem não teria desejado
propriamente sóbrio, um acidente por vezes que põe em risco a vida de outros,
uma discussão, um conflito existencial, ou mesmo, no caso tanto do abuso quanto
do uso, o histórico de depressão ou transtornos mentais, casos que a medicina
por vezes acaba tendo que intervir, quando a situação se torna grave. O
incrível é que geralmente quem bebe demais ou faz uso de drogas ilícitas,
acabam por – depois de passado o efeito – tem de confrontar seus problemas dos
quais fizera sua fuga temporária, onde nada se teve resolvido, a não ser por
vezes maiores problemas recorrentes, quando se ofendeu um amigo, ou uma amiga,
quando gerou uma violência verbal ou de fato, ou quando não se lembrava mais do
que tinha feito a noite passada, e por vezes acorda do lado de alguém que mal
conhecia intimamente.
Quando
recorrentemente o indivíduo passa a beber para esquecer algo, quando procura a
bebida assiduamente e sequiosamente, quando tem a intenção de se embriagar, já
está na fase última que é a dependência, fartamente observada em botecos onde
os homens se reúnem para beber apenas, pura e simplesmente, e por vezes estão
perdendo as relações que deveriam valorizar, como uma esposa, um filho, ou
materialmente, não acordando disposto para trabalhar, ou mesmo bebendo em
serviço. No entanto, principalmente para a juventude é importante salientar que
o cruzado, ou seja, o alcoólico que faz uso, principalmente da cocaína para dar
conta de seu trabalho e “curar” a ressaca do dia anterior, estará agora na
dependência cruzada, com dois vícios extremamente pesados, e por vezes ainda
fuma à noite a maconha para relaxar e voltar ao que chama à sintonia com o
mundo, como foi citado anteriormente no primeiro parágrafo. Estará rumando
pouco a pouco para uma vida insana, onde a questão é que tudo o que fizer não o
permitirá fazê-lo bem feito, pois a loucura acomete os mais sensíveis, e
geralmente quem trafica ou é responsável pelo crime gosta quando artistas, ou
intelectuais, ou estudantes ou mesmo gente que trabalha sóbrio caia sob essa
demanda, posto evitar o quanto antes essa jornada perigosa é uma condição mesma
de nossa preservação da psique, do nosso caráter e do nosso juízo perante tudo
e todos...
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