A que
ponto se chega a respeito de algo que desconhecemos, a que ponto queremos
construir algo que seja, um ponto em uma questão, resolver uma equação, estudar
o muito, como se nos municiássemos de petardos invisíveis, como se nos
preparássemos para uma guerra contra o nada... Verteríamos em nosso peito
petardos de lava, como se em nosso coração uma flecha de um cupido metafísico
nos envolvesse com sua fagulha de um amor que seja sempre a impossibilidade,
como se compulsoriamente o tempo nos limitasse, ou como se o compasso de espera
nos torne sacerdotes no voto do celibato, sem imiscuirmos na questão de uma guerra fria ou quente, como se a cerveja fosse um pecado mortal. A questão atávica da
letargia, de não querermos a vida por si, de sermos quem falam que somos, uma
cartilhesca forma de se portar, um livrete que nos relembre a ser quem nos
disponha que tenhamos a ser, sem que possamos escolher outros caminhos que não
seja da opinião de um, que seja, de apenas um, um fundador de algo, uma questão
de literatura de outros, e não a nossa expressão, pois, isso posto, estaremos
procrastinando a liberdade a nós proibida, pois a nossa expressão é
compulsoriamente o que está na literatura de BB, o mesmo Big Brother
Orwelliano...
A cada
gesto, uma brincadeira pueril, uma imagem, uma tradução, uma gravação de um
celular, uma sociedade, em síntese, totalitária. Sabe-se pouco de sistemas, e
um que saiba um pouco da tecnologia se sente inserido no contexto, e a coisa é
tão forte que muitas dessas ciências são aos poucos tão avassaladoras que não
largarão os ossos dessa precedência, de se entender que não é mais cabível que
assim não o seja. O empoderamento das massas mais pobres, das classes mais
baixas, sob os displays consagradores dos simples smartphones, que já possuem
alguns recursos, abre um leque que porventura saibam que gostariam ou teriam um
desejo de possuir ao menos um sistema ou um meio digital mais compatível, uma
posse de um meio de produção, mas as escolas ainda não possuem disponíveis
esses meios a um custo operativo e estatal que subsidie esse acesso a ditas
classes, ao menos por enquanto, ou porquanto a indústria ainda ditar as leis de
mercado e acesso restritivo.
O
processo dito de reconstrução nacional deveria dar acesso a meios digitais, ao
menos com subsídios, como em um projeto: meu primeiro computador, como recurso
que, ao subtrair de grandes oligopólios de concentrações exorbitantes de renda,
como nos sistemas financeiros, não se cogitando mexer na propriedade do cidadão
de classes outras, mas nos sistemas em si, na franca aquisição de impostos
sobre os muito ricos, esse orçamento deveria permitir às classes menos
favorecidas que lhe dessem esse acesso a equipamentos que ampliassem o leque do
aprendizado, no escopo de desenvolvimento e pesquisa acadêmicos.
A
tendência, no movimento da reação contrária àqueles que têm um poder libertário
dentro do escopo das sociedades, com o poder de influência e comunicação, é
estar procedendo com a aquisição de espionagens e aquisição do maior volume de
informações pessoais, sendo o comércio da vida privada e a ingerência sobre a
vida particular individual um calcanhar de Aquiles do mesmo sistema que diz que
vem para agregar e, no entanto, se utiliza de recursos como o acima citado, de
um modelo de ficção Orwelliana, onde a invasão se dá através de câmeras e
controle, de coação e repressão, o que contraria o andamento da possibilidade
de sociedades livres dentro das possibilidades da beleza e clareza, e não do
horror, das guerras frias, ou das tempestades silenciosas...
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