sábado, 24 de junho de 2023

UMA VIDA DE DOIS


Um é um, uma não é duas
E a flor nunca é igual nas pétalas
E nem possui o mesmo nicho na terra…

E nem que uma fosse a flor, que flor seria, senão a flor maior?

Outro, se queiras, na noite silenciosa, seria outro um simples segredo
Quando a resposta da poesia não seja algo que venha como um sopro
De um alento onde o sonho esteja nas letras, sobre a cama
Onde um cobertor, que não me faz pensar, que respiro do tabaco macio
Onde lembro da cor do fumo, que lembro de um bom charuto
Quando a luz tíbia da lua que não encontro sobre o teto
A sei sobre a fria cabeça de meu ventre sobre o leito...

Que o mundo veja, querida, não que não seja algo
Mas não dá para destruirmos o impossível!

Sim, teçamos os segredos do mundo, quem sabe, só de sampa o sei
Que muitos vem de lá de não sei, para onde vão igualmente desconheço.

Mañana llegarà el tiempo en que nos poseemos juntos quizás la esperanza…

Na vida muchacha, na vida esta, muchacha, esta vida muchacha, no tece
Quiçá a vida ela mesma que não temos rechaçada, em un tiempo libre!

A via de mão dupla infere que meu sonho seja de uma estrela apenas
E é esta estrela que te cato do céu e coloco no meu chapéu, criança
Posto não seja o céu escuro ou claro, eu não vejo mosquitos no abatjour…

De uma ode parabólica, camará, seria tu uma rainha que és
Quando estabelecemos, sejas quem for que éreis
A não nascida, a que veio para ficar, o ser que te quis sem ser
Na vida em que jamais a tive fora do que sempre estive...

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