segunda-feira, 26 de junho de 2023

A NEVRALGIA DO AMOR


Pois quem dera fosse mais simples erradicar nossas dúvidas, por questões onde se passa que a missão de muitos seja simplesmente acreditar no amor, por vezes tantas vezes camuflado, a missão tão complexa para um casal que tente aceitar tarefas árduas, tarefas em que há por vezes ressentimentos, o grande game da vida... O que passamos hoje é um tempo em que a esperança não se traduz sempre na afetividade sincera, ou quando isso acontece estabelece-se algo de obstáculo, como que estando a serviço de algo, a gente não possa estar livre de supostos remanescentes, tão críveis, da maldade, por uma questão de se querer algo de uma nação acreditando que nem tudo são flores para muitos, e obviamente em todos os julgares também há os inocentes que caem no mesmo redil. Por Deus que não se traduza os tempos de exceção inversa, que não nos tornemos algo medianamente totalitário, mas na verdade há muitas riquezas no planeta, e logicamente certas indústrias não competem com a falta compulsória de fazer pouco do que há, não largando o osso de certos minerais e do petróleo, onde uma simples contestação pode virar algo de outro mundo, onde um homem que possua uma ingerência de capacitação comunicacional pode inferir a si mesmo um poder que quiçá nem saberia que houvera de pertencimento, mas que não pode padecer, pois que coloque às claras seu testemunho vivo do que ocorre em sua nação, em termos de tirania, em termos de desastres, em termos do domínio sistêmico de órgãos de comunicação, onde uma simples presença feminina pode ser alvo, na cabeça desse homem, de contaminações e ruídos dignos de coisas sinistras como a SS em suas modalidades de antanho, como fórmula mágica alcançada por um padrão digno de se chamar atenção ao fato.

O nacionalismo exacerbado inflete mudanças de quadros, mas na verdade um homem não tem obrigação nenhuma a que esteja a serviço de algo que não venha a agregar o amor, mas de um amor maior, não apenas o de Mauro de Vasconcelos, em seu Meu Pé de Laranja Lima, o Veleiro de Cristal, ou Rosinha, Minha Canoa. Quando Lulu Santos fala, em sua musiquinha de falsete, para se dizer o sim, embalado por suas droguinhas e embalos, com sua música de terceira grandeza, o que se passa é que na programação não há coisa melhor a se colocar, pois é nessas horas que a paixão que ele tanto prega pode ser a perdição, pois a serenidade de atitudes, em tempos como os nossos, é a melhor maneira de nos protegermos da investida dos sentimentos explosivos que encontraremos em qualquer esquina, enquanto o panorama mundial se encontrar desse modo, e enquanto a nação brasileira se encontrar à mercê da conspiração política, das brincadeiras quase sérias de espionagens, das virulências eletrônicas, e seu uso exacerbado, quando invadem via celular e em outros meios a vida das pessoas, quando mal sabemos que nas plataformas de encontros virtuais estarão nos vendo de outros modos, mais completa e invasivamente, logico é.

Um homem ou uma mulher podem estar em uma posição de certa envergadura, a cada qual, mas seu encontro, sua parceria, seu estar em ativa produção de algo, em serviço, não significa fazer o joguinho afetivo quase imposto, posto por vezes a ausência denota que ambos, em cada lócus, possuem sua própria vida a ser cumprida, e não necessariamente farão o que lhes dita tal ou qual rádio, tal ou qual programa partidário, agremiação, clube, rosa cruz, espiritismo, religião, misticismo, não por não crerem se quiserem, mas creiam-me que na cabeça de um autor de algo este autor sabe o que dizer sem interferir na tomada brusca de consciência da ignorância, que muitas vezes enxerga a cor vermelha como esperança de mudança e a cor azul como tradução do céu, pois apenas isso aprendeu nas escolas e na doutrina. O chamado partido único, realidade de um país ou situação que mal conhecemos, a matança de animais para gozo do paladar, coisas que podem ser contestadas, e por que não, por que tenhamos que tomar partido de um Poder qualquer emergente, ou por que a vida não seria mais bela através de um movimento a favor, da Paz, o movimento a favor, simplesmente?

Por que há tantos profissionais do sexo, sabendo os pontos erógenos, e será que teremos que fazer cursos sobre sexo tântrico para galgar posições no amor, ou será que o prazer seria maior em ejaculações mais produtivas, como em um alazão o seu dono sente mais firmeza no modo como ele cobre a égua? Infelizmente, temos que convir que para defender uma ideia um homem não pode estar fraco fisicamente, ele deve se impor, pois não vive no Éden, e o pecado original foi sempre igual neste mundo de passagem e riscos... A maneira como ele vai recusar a droga e como ele o faz, quando denuncia o crime, ele o faz de modo a se defender territorialmente para que, agindo de forma inteligente, revele por que o faz, e como a droga é nociva, ele passa a explicar a sua experiência de como houve de se ter prejudicado, e é importante frisar que o crescimento de grupos de recuperação passam a ser terapêuticos, como modo voluntário de prestar serviço, ao menos tecendo coisas que elucidem a questão das drogas e do excesso do álcool como algo que está minando a vida de muitos viventes no planeta. Quantas famílias são destruídas, como isso acarreta destruição de fato nos lares brasileiros, quando há perda de empregos, do senso crítico, como muitos sucumbem à loucura! Por outro lado, como a saúde mental vem melhorando àqueles que – fazendo uso compulsório de medicamentos psiquiátricos – largam os vícios e vivem uma vida plena, no uso mais limpo e sóbrio de suas faculdades mentais e seus progressos físicos e espirituais!

A sobriedade é uma conquista, mas a caminhada é para toda a vida, pois qualquer erro de percurso, qualquer vacilo pode gerar uma recaída, mesmo que alguns estejam sóbrios há mais de décadas. Mesmo assim, o isolamento afetivo não é compulsório, podemos estar com pessoas que até bebam socialmente, não sendo bebedores problema, ou usuários de drogas ilícitas, senão as coisas tendem a complicar deveras, e os gatilhos, e os transtornos do outro podem assolar o equilíbrio de uma relação. Basta dizer não. Sim: a palavra a tudo isso é não! Esse é um dos segredos, evitar pessoas da ativa também é importante, estar com aqueles que não param de beber, ou frequentar bares da pesada não tem mais nada a ver com a vida em sobriedade. Você pode até frequentar um local onde todos estejam bebendo, mas principalmente quando está só, na sua, e vai para uma mesa escrever um conto, ler um bom livro, ou conversar com a equipe de garçons e garçonetes, de maneira amistosa, outra faculdade própria de quem adquiriu a serenidade em estar de bem com a vida, independentemente do que fale ou diga, pois dizer os fatos como são e se expressar livremente não passa de algo saudável e que denota a gentileza em espalhar o amor pelas palavras, sem ser a nevralgia do amor, sem se importar se o amor possui anatomia, pois a fala, a expressão e o entendimento são modais que inferem mais carinho na boa e civilizada relação entre as humanidades, não importando sua Natureza política, ideológica, ou suas preferências existenciais. Obviamente, se você está em momentos onde se sente realmente mais próximo de alguém pode-se cultivar uma planta, aprender, quem sabe ensinar, tendo a humildade necessária de que nossas verdades são próprias e a experiência de cada qual tende a ser simplesmente a vivência cotidiana, em serviço ou não, e àqueles que gostam de servir, por que não, essa é uma rica experiência de vida...

Em essência, creio que o silêncio quando se escreve algo é mais diretivo, é mais sucinto, deixa aflorar mais a questão do diálogo interno que temos dentro de nós mesmos, possivelmente fruto de diálogos e vivência que carregamos durante uma semana não muito fácil, onde por vezes o simples fato de dizermos algo é aquele momento onde se brota o amor mais puro, pois é dos frutos secos que devemos procurar aquele néctar mais oculto, e é no deserto que devemos dar valor à água. A abundância em si pode para muitos jovens ou adultos significar a existência plena, mas é no simples silêncio de meu quarto e meu computador que eu me encontro comigo mesmo e traduzo da minha forma a sugestão que a mim mesmo me concedo do que seja melhor para a minha alma, para o meu animismo, para prosseguir espiritualmente mais cordato e consonante. Embora isso, se não estivesse trabalhando meu corpo para ficar mais forte, não teria condições nem ao menos mentais para ter a energia necessária a um pensamento de mais vigor, pois ambas as coisas são indissociáveis. Esse amor pleno que carregamos porventura, esse despertar a respeito de um carinho que tecemos ao nosso entorno como um todo, pode vir a ser de tal modo contagiante que não padecerá o próximo que infantilmente se prepara para guerras ilusórias de que, mesmo que seu corpo tenha virado um tipo de máquina de matar, pode se tornar um ser ímpar e de nobreza de caráter como o mais humano dos mortais!

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