O CORPO MÁQUINA

Tendes algo que não te pertence, posto não por ti foi criado
E tuas conquistas te tornaram mais forte, e por ti fizestes do teu corpo
O que desejastes apenas, e não por isso sejais independente do teu ser.

O que te anima é mais do que isso, minha cara centelha divina
Que possui em sua essência não o símbolo da sexualidade
Nem o panorama ilusório de tua cor…

O que passa por tua cabeça é a convenção que aprendestes na escola
Quando te ensinaram que éreis fêmea, o sistema te há criado, menina.

Não há porque não seja assim, criança, pois nem todos somos iguais
E o que te falo talvez jamais te alcance, já que eu sou apenas um homem, e nada mais!

Não possuo afeto, egoísta que sou, para aqueles que querem um serviço bélico
Já que sou um agente da paz, a nada mais me encanta do que lutar por ela
Até mesmo por saber que você me trai a cada dia em que me prepara para o nada.

Só te peço que não te atrevas mais a me testar, pois não és autoridade perante a tua chefe
Então não subtraia aquilo que a ti não te pertence, posto cumpra apenas o teu serviço
A que a tua organização te incumbiu de cumprir, mas não desfira teu golpe em mim...