quinta-feira, 22 de junho de 2023

ARDILOSAS FACES DOS OUTROS


Quais seriam os outros de alguém
Em uma noite onde a ternura de um inimigo
Se declara disposto à guerra, mas meu amigo,
Não temas posto enquanto se peleiam as gentes
Na verdade os dias pressupõem as pisadas onde
Nem os caminhos até as casas não sejam tão simples
Quanto as veredas do que sejam quaisquer que sejam
Os que não sejam mais do que seja mais do que é!

A questão não é mais a vida de ser algo a mais, do que seja
A questão outra, dos outros que na vigília da noite outra
Não seja uma capitania no meio da vida
Mas que seja, ninguém mete a bronca no meio do nada
Onde nada do nada exista, posto quando a vida não seja
Algo além do previsível não fosse tão possível a ser
Quanto de sabermos que a jangada não funciona sempre
Quando ribomba um tsunami oculto dentro do funeral de um pescador.

Mas que não se percam os companheiros de outrora, posto outro remador
Versa na vida frente às marés outras, de frentes que não sejam derradeiras
Mas que se supõem não serem de um único guerreiro por vezes na estrela
Que há de pontear por entre os bambuzais onde seu sono se encontra com a vida
Ela mesma, de se preservar, ainda que seja na única noite onde ainda sonha
Com a superfície tênue de uma primavera onde o mundo siga em paz...

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