EDITORA ESPAÇO
Arte e textos.
terça-feira, 24 de dezembro de 2024
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
DE AMOR E DE SOMBRAS
Ao quilate de um termo, uma palavra na mesa ao lado
Posto amores deflagrados, a beleza e o apetite, o pretexto,
Se não fosse, a libertação das sombras, e o despertar do amor!
Mas não era fácil um tempo qualquer, dois pesos e duas medidas,
Mesmo sabendo que o antigo termo põe fim ao termo da tirania
Quando supõe ser o carro ocre que carrega em seus vidros o chumbo.
Remotamente, o serviço alterno, as câmeras, os drones espiões da noite
E os dados, sim, os dados e as estatísticas reflexas, a sociedade admirável e
nova
Como em Huxley, a prerrogativa é que o escritor viva no mais completo isolamento espiritual com pessoas materialistas por retaguarda...
Outrossim ele não está só, pois possui a máquina, não daquelas que não sejam
digitais
Como as pneumáticas que sói terem seus orifícios lubrificados
Mas, na verdade, um totem-referência que encontra no tabu a solidão de não
tocar a carne,
Mas que se tenha qualquer poder, quem sabe um que seja mais ciente do que sua alma...
DA PEDRA AO PÓ
Da pedra moída, a pedra cristal, o serenar diluído à veia
Conforme, o pó que trasfega, o dito pelo não dito, comerciar
Que tantos e tantos, o casco do navio, os mares e os veleiros
Carregando o pó das pedras, qual semântica indizível
Mas que possui o endereço, o viés do seminal prometido
Quanto, a de se permitir o quinhão de uma festa de alabastro
O granito do banheiro se torna a base, e a motivação do erro
Não claudica que da pedra ao pó seriam milênios, talvez,
Ou o simples experimentar de um laboratório clandestino.
domingo, 22 de dezembro de 2024
QUANDO A FALA VEM COM O SILÊNCIO
Estar-se
praticando a análise é tarefa árdua por vezes para o analista quando o paciente
já demonstra a contrariedade em falar, mantendo-se em silêncio, posto o
analista não pára de pensar a respeito, e sua atitude nem sempre vai ser a
mais apropriada... Deve-se respeitar o silêncio do paciente, o analista deve
resistir a esse tipo de ocorrência na psicanálise, mas muitas vezes falar algo
denota que a quebra do silêncio pode acarretar uma sessão mais produtiva, pois
a inibição por vezes dá o empuxo necessário a que o paciente associe mais
livremente as suas ideias frente ao terapeuta.
Por
vezes o silêncio é uma pausa depois de um processo onde houve um esvaziamento
do inconsciente do paciente, como se descansasse, ou desse um tempo para recarregar
as baterias, ou mesmo depois de um momento onde teve um insight oportuno, um
encontro com sua realidade mais pungente, algo que temia falar e que brotou naturalmente,
aliviando-o de uma pressão existencial profunda. Faz parte o ofício do
terapeuta também se utilizar do silêncio por vezes, dar um tempo ao tempo,
falar pausadamente, redarguir, questionar e interpretar uma palavra de
importância na acentuação da fala do paciente, quando se fizer necessário, ou
quando sua intuição achar importante esse questionamento. Estar com o
inconsciente sintonizado com o inconsciente do paciente é tarefa importante do
analista, pois isso lhe dá a abertura necessária para que mergulhe fundo nas
questões faladas, nos silêncios, nas pontuações, e nas palavras ditas no caso
de se estar escutando na modalidade da atenção flutuante, que é quando o
paciente, já bem desinibido, fala livremente as suas associações, sem necessariamente
ter um sentido muito lato em suas ideias ou vivências...
O
analista tem que possuir resiliência e persistir em valorar seus próprios
pensamentos a respeito de situações onde o silêncio do paciente possa estar
relacionado com outras questões, mesmo quando profere uma única palavra, que
pode ser a chave para aquele desvende momentos onde se quebre o mesmo silêncio
e a sessão transcorra com naturalidade e proficiência. Por vezes algo como:
você não se sente à vontade de falar como foi o seu dia hoje? Ou perguntas relativas
ao andamento de outras questões as mais várias, podem romper a inibição e
iniciar um processo de fala mais amplo, mas sempre há que se deixar o paciente
falar livremente, e estar atento para poder interpretar o que estiver por trás
do discurso, muitas vezes.
Na
escuta objetiva, muitas vezes o paciente migra para a fantasia, e o analista o
trás para a realidade, tentando situá-lo na mesma, para que o princípio de realidade
prevaleça no discurso, onde o inconsciente torna-se a fonte para que a
interpretação do analista traga esse material ao nível do consciente. Por isso,
é recorrente o fato de que o paciente ofereça resistência de várias formas no
processo terapêutico, tentando evitar falar sobre determinadas questões ou
mesmo pulando de um a outro assunto, como quem trilha um silêncio sobre
camadas, onde o terapeuta tem que desencavar verdadeiras equações para
encontrar os elos de ligação, onde está a fantasia, onde estaria a
racionalização do paciente, que também é uma forma de resistência, pois busca
explicar uma fala onde houve um arrependimento qualquer.
Há
diversas quebras na questão da análise de um paciente, que por vezes tem causa
na inibição e em outras na resistência, na transferência negativa, na
agressividade e outras. A relação entre o par analítico sempre deve ser de
confiança mútua, e por vezes o tempo é que consolida essa dita relação, mesmo
porque será na citada confiança e melhoria paulatina do paciente, com seus
insights a respeito de si mesmo, e as questões da competência e humanismo do
terapeuta que a coisa se processa da melhor forma possível. A interpretação
correta da situação do paciente, suas inquietações e o que acontece no seu imo
mais profundo, pode efetivamente permitir a remoção de traumas, ou mesmo a
catarse em lembra-los, bem como livrá-lo de estar com relações de dependência
de várias naturezas, melhorar a relação com seu entorno e estar mais em
harmonia no trabalho, na escola, ou em grupos, na sociedade como um todo.
O
perfil do silêncio por vezes não é o que aparece, não é o que aparenta... Há
pessoas internamente convulsas que gritam em seu silêncio, e cabe ao analista
descobrir as angústias que decorrem dos tempo atuais, tão afeitos a processos
existenciais complexos, tantas são as solidões mundo afora, tantos os
desacertos, os desafetos, problemas econômicos e outros. A seara para se estar
em consonância para um processo paulatino de recuperação psíquica de muita
gente dependerá da boa vontade do par analítico como unidade, e a confiança do
paciente no terapeuta denota que este esteja cumprindo bem o seu papel, não
faltando nas terapias e concedendo a atenção e compreensão necessária àquele
que necessita de cuidados. Por isso, apesar do silêncio por vezes inevitável, a
palavra sempre será essencialmente fundamental.
sábado, 21 de dezembro de 2024
A posição psicanalítica é a de que em ambas as categorias de enfermidade – na neurose e na psicose – há, em diferentes graus, uma perda das funções mentais adultas e sua substituição por atitudes, sentimentos, desejos e idéias apropriados a fases iniciais do desenvolvimento infantil. A psicanálise utiliza o conceito de regressão para descrever este movimento para trás da vida mental, de um estado mais adiantado para outro menos adiantado. Na psicose, ocorre também algo mais. A forma pela qual o mundo e os que nele se acham são percebidos pelo paciente não é semelhante a nada que já tenha sido experimentado, mesmo na infância. É como se uma espécie de função mental irrompesse na consciência, possuindo características semelhantes aos sonhos do indivíduo sadio. No entanto, o fato decisivo para o psicanalista é que, mesmo na psicose, a totalidade da vida mental não é desorganizada pela doença. A regressão – o movimento para trás – do funcionamento mental e a desorganização do ego não são completas. Há sempre uma certa capacidade para estabelecer relacionamentos e resquícios de um funcionamento cognitivo sadio, mesmo nos pacientes mais perturbados.
Em termos simples, então, os sinais e sintomas das moléstias neuróticas e psicóticas são de dois tipos. Uma das categorias consiste nas capacidades e habilidades que foram perdidas. A segunda categoria abrange todos os pensamentos, idéias, emoções e experiências subjetivas inapropriadas e irracionais, que se achavam ausentes antes do desencadeamento da doença. Em perturbações mentais como a esquizofrenia e as melancolias, o paciente perdeu o uso de várias das funções mentais necessárias a uma adaptação ambiental satisfatória. A fala, o pensamento voltado para a realidade, a capacidade de concentração, os poderes perceptivos e a memória podem estar desorganizados. A psicanálise descreveu todas estas funções cognitivas altamente desenvolvidas, tal como operam no indivíduo sadio, juntamente com o conceito do ego, e constrastou-as com os processos inorganizados e indiferenciados do id.
O FASCISMO É ALGO QUE POSSUI A ANUÊNCIA DE MUITOS QUE SE SOBREPÕEM À VONTADE DE VERDADEIRAS MASSAS, JUSTAMENTE QUANDO O SUB SUB ADORA SEUS LÍDERES, OU ESTES SIMBOLIZADOS PELO GRANDE REI DO CITADO FASCISMO, COMO PREDOMINÂNCIA DA TENDÊNCIA MUNDIAL DA EXTREMA DIREITA EM VENCER A PROGRESSIVA INCLUSÃO DAS MASSAS POPULARES E SEUS MOVIMENTOS DE CONSCIÊNCIA, EM UMA ANTIGA E ARCAICA LUTA REFLEXA.
NA REALIDADE AUMENTADA COM SERVIÇOS DE ALTERNÂNCIA COM UM DEPARTAMENTO CULTURAL, POR VEZES A LICITAÇÃO DAS OBRAS VAI DEPENDER DE FAVORECIMENTOS DESSA NATUREZA, OU SEJA, CADA LOCAL TEM SEUS PRÓCERES CULTURAIS, PROTEGIDOS POR AUTORIDADES E FAMÍLIAS QUE SUBENTENDE-SE CONSTRÓEM A CULTURA CONFORMES COM OPINIÕES OU ORDENS DE NATUREZA POLÍTICA.
UM LIVRO PODE SER MUITO BOM E ÚTIL, MAS SEMPRE É FRUTO DO CONHECIMENTO QUE SE EMPREENDE A PARTIR DE MUITOS OUTROS, POR VEZES, OU MESMO DA EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL DENTRO DO ESCOPO COLETIVO, DE UM PARTICULAR COMO PARTICULAR EM SI, PARA O OUTRO, OU OS OUTROS, QUAIS NÃO SEJAM PARECIDOS OU DISTINTOS, PRÓXIMOS OU DISTANTES.
OS REFLEXOS DA LAGARTIXA
Dragão que não é, mas a forma do réptil lembra tudo
Na forma dos movimentos muito rápidos
Como o semblante que, rapidamente, quase se enfurece,
Ou, de enfurecido de fato, retesa os músculos e investe
Contra algo que porventura nem saiba, mas se fosse o réptil
Nada conteria uma possível fuga, pois a lagartixa foge do braço
De um homem, ou de uma aproximação real e física
Mesmo que saibamos que a um inseto o bote do animal é assaz preciso...
Por qual não fosse a velocidade desse bicho, seja assim conforme
Para que possa capturar uma mosca, antes que esta perceba, através dos seus inúmeros olhos,
A aproximação letal do réptil, e como se não fora, por vezes a própria presença deste
Anui o premonitório estado de que as coisas vão se tornar selvagens em um determinado momento...
Passam os passantes do sábado e, perspicazes, são irônicos ou sagazmente pérfidos
Quando possuem as sua crenças imersos na ignorância ilimitada, berço de uma companhia
Nem tão certa de se manter enxuta, mas que engrossa os quadros dos filhotes do vídeo game
Ou de seus progenitores afeitos a séries infantis que ainda povoam o imaginário de moleques envelhecidos pela ferrugem da intolerância.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
A ESPIRITUALIDADE ENTRE UM HOMEM E UMA MULHER PODE TANTO ESTAR PRESENTE COMO PODE ESTAR NA CONSCIÊNCIA PURA E SIMPLES DE CADA QUAL, O QUE FORMA O PAR NO MUNDO EM QUE NOS ENCONTRAMOS, TÃO AFEITO ÀS DIFERENÇAS E ÀS DESAVENÇAS AFETIVAS, TORNANDO O DESENCONTRO ALGO MAIS CLÁSSICO DO QUE O ATO DO ENCONTRO.
POR ESCOLHA OU POR FALTA
Vai que nos dizemos a falta do que não era, o plano americano de tomada de cena
Ou mesmo o átomo espiritual na tampa de um refrigerante...
Quem fosse o outro a moeda sincera de nós mesmos, o alterno, o quem diria ser
Quando não somos sequer o toque silencioso, mesmo que o pássaro não nos deixe
ver!
Não haveria lógica maior no discurso, ao intervalo de se respirar ao menos no
intervalo.
Pudera, os jovenzinhos não saberão da ciência sibilada e grande como o gesto da
serpente
Quando dá espaço para que um imenso dragão assuma a dianteira do que é por escolha
Na falta do que não é dito, pois Deus é apenas um pouquinho à frente de toda
essa sedimentação da dita "escolha compulsória".
quinta-feira, 19 de dezembro de 2024
POR LIVRE ASSOCIAÇÃO, A AUTO ANÁLISE É TAREFA TÃO DISPOSTA QUE NADA NEM NINGUÉM FREIA A SUA PRÁTICA, MESMO QUE CONCOMITANTEMENTE O FREIO DA LÓGICA ABRA O SISTEMA DE FORA, QUANDO INTERPRETA-A, A COMBINAÇÃO DE PALAVRAS, NA CONSECUÇÃO DA TAREFA DO INSIGHT QUE PORVENTURA É RECRIADO A CADA PASSO NO ANDAMENTO DA DITA LÓGICA INCONSCIENTE.
ALGO COMO UM VISCO POR VEZES SE NOS ACOMPANHA EM DETRIMENTO DE POUCOS PONTOS CIRCULARES NA ESFERA DOS MERIDIANOS DAS RUAS, MAS A COMPLETUDE DO MOVIMENTO DO TAO E SUA AMPLIDÃO ENERGÉTICA EQUILIBRA A FONTE MESMA DO CONHECIMENTO PRÁTICO, QUANDO VOLTAMOS A UMA FORMA ORIGINAL E SUBLIMAMOS A ATITUDE VESTIDA NO PENSAMENTO INCORRETO.
Fenichel coloca no item sublimação todas as atividades capazes de fazer cessar o móvel do perigo, ou seja, cessação daquilo que se rejeita, constituindo-se em defesas bem-sucedidas. No entanto, desejos já reprimidos no inconsciente (recalcados, diriam os franceses) não poderiam ser sublimados e daí por que a sublimação haveria de ocorrer antes de qualquer repressão. Ainda é pouco conhecido o malabarismo que o Ego faz para que isso possa acontecer.
Laplanche e Pontalis chamam a atenção para equívocos no uso do termo “projeção”. Muitas vezes ele é usado em lugar de “transferência”, quando se diz: “Ele projeta a imagem do pai sobre o patrão”; outras vezes é usado em lugar de “identificação”, por exemplo, quando se afirma que La Fontaine “projetou”, nos animais de suas fábulas, sentimentos e raciocínios antropomórficos.
No estudo da regressão deve-se ter especial atenção ao seu comportamento chamado fixação. Regressão e fixação são “almas gêmeas”. Fixação seria uma tendência de se manter cristalizados, ou cronificados, fantasias, sentimentos ou condutas referentes a determinadas épocas do desenvolvimento psicológicos neuropsicomotor, libidinal e social, ditos regressivos. Juntos, fixação e regressão constituiriam perigos ameaçadores ao desenvolvimento afetivo-sexual iniciado no nascimento. Com a fixação, exigências de gratificação imaturas e infantis são encontradas no comportamento do adulto.
O RETIRO DE UMA LÁGRIMA
Tentes ser algo de monta, algo que sinta ao menos algo
Ou que algo não sejas, mas que faças que jamais tenhas
Que ser a parafernália tão crua de teus planos
Naquilo da imersão de uma estrutura do ser que não seria
Na plenitude de verter quiçá o sal de uma lágrima no poente da hipocrisia...
Não que não se tente, mas a verve do que não seja
Não era o ponto de se ter a anuência da descoberta
Mas, outrossim, o ponto que não segue marcando distância
No nascente de um dia, quem sabe, um dia não ruim
E que não encerre aquela página do ontem que não parecesse simples.
Decorre circunstância similar, mas ater-se ao factual de uma desdita
Por vezes é apenas a faculdade de saber escutar a história de outrem
E não verdadeiramente viver o improvável na própria veia
Quando descobrimos vertentes quase inumeráveis no tempo em que certo registro
Fica de mão certa no leito do saber como legado de que algo – ou aquele algo –
já foi dito...
Mas se encontrasses com teu eu mais proximal, quem o saberia, senão o outro
Que te perfaça o viés do concordar-se com a vida mais simples de não se complicar
Quando o que nos espere não seja apenas a inquietação de um simples dia no seu começo
Ou no notívago ato do término da noite, na preparação para o ato do descanso
Quando - a se repetir - o simples seja aquilo que melhor perfaça vinte e quatro horas.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2024
UM PEQUENO EXCERTO, OU A PULSÃO DE MORTE NO MUNDO CONTEMPORÂNEO
Seria
leviano afirmar que tudo estivesse tão nos conformes ou que as sociedades estejam “resolvidas plenamente...” Aqueles que falam bastante sobre o comportamento
humano, por vezes falam o que realmente acontece nos porões do inconsciente
de certas coletividades, ou mesmo do que está acontecendo no vetor das sociedades
contemporâneas, especialmente no mundo onde os "mais espertos" sabem melhor o que
seria a projeção de vida, sabendo no entanto que lidam com problemas os mais
variados, tais como a ilicitude penal, os decorrentes aforismos das questões sobre a existência e uso de hormônios,
a ingerência das drogas, e alguns outros "perfis de comportamento", como nas relações onde a atração pelo
sexo oposto é muito daquilo de se “saborear o tesão do perigo". No significado concreto da
pulsão de morte, o outro se coloca na questão da natureza da mulher, o homem se
projeta na realidade feminina, e o "outro feminino" sói se recostar na vanguarda
do perigo, esclarecendo que na realidade mais pungente seja melhor e mais
prazeroso estar com alguém que ofereça riscos, do que com alguém que seja comportado,
ou seja, um bom homem ou uma mulher que se almeje conhecer que seja amorosa ou
simplesmente verdadeiramente companheira, que não afete o andamento das coisas
dentro da sociedade onde vivemos: com sua ética, suas leis e modalidades coerentes de conduta.
Os filhos desse outro e "oposto ser", as gerações que se sucedem dentro da selva em que se tornou o sistema capitalista, as derivações e o “oculto auto-revelador”: esse exército de gente que vive no "limbo ativo" das ditas sociedades, ou "clãs" que se organizam, o perigo de se estar com alguém que se deseja com a motivação de se estar desejando o citado perigo é mais frequente em certas "classes comportamentais" do que efetivamente crer que existiria um amor maior no planeta, posto nas nações emergentes de terceiro mundo, ou mesmo na questão mais ampla do Ocidente, as coisas não procedem tão bem quanto se esperasse que continuariam se processando como se as citadas inquietações funcionassem melhor sem essa adaptação quase compulsória ao se atrair pela vida do crime, ou outras modalidades com perigos similares, como a subversão, o terror e as modalidades de traição a algo ou a alguém dentro do escopo simples e contraditório de fazê-lo pelo ato em si, com motivação derivativa ideológica, religiosa ou meramente imoral, esta última lugar comum pela citada atração pelo ato ilícito.
O coleante volutear do sexo aviltado pelo desconforme parece mais plausível do que aquilo que a previsibilidade encaixasse no viés da novidade, porquanto Eros, ou instinto de vida, esteja mais "silencioso" do que nunca, posto que a foice da morte já venha embalada para presente, com ou sem camisa de vênus... Mas, em virtude da realidade ocidental e da confluência das guerras em lugares do planeta, a pulsão de morte se torna viés em que a tenacidade em se prosseguir tendo atração pelo perigo enquanto forma e função se torna a razão da existência de bons soldados e guardiões da obviedade em se prosseguir, paradoxalmente, vivendo. No entanto, certos padrões de violência, principalmente urbana, se tornam tão banais que a vida humana acaba se tornando uma mera mercadoria de troca, onde verdadeiras forças dão o impulso para que a bola de neve vá ficando cada vez maior...