Na
sociedade contemporânea, o dito cidadão civilizado passa por crises de
ansiedade, por questões de hedonismo, pela busca irrefreável do prazer, como um
escape necessário... Nessa intercorrência, porventura há muitos casos onde a
presença e o uso das drogas ilícitas, tais como a maconha, a cocaína, o álcool
e outras, fazem continuamente parte do dia a dia de milhares e milhares de pessoas,
principalmente nas metrópoles, naqueles países de um Ocidente, porventura na
América do Norte e Latina isso é recorrente, que sói encontrar nesse tipo de
fuga a causa de muitas enfermidades psíquicas. É fato que o uso indiscriminado
de substâncias alucinógenas como o THC causa problemas psiquiátricos, tais como
um tipo clássico de psicose: a esquizofrenia, conforme inúmeros casos mundo
afora. Entre liberar ou não o consumo, entre saber ou não se é uma erva
inofensiva, temos que ter a consciência que essa droga põe os usuários em
contato com o tráfico, por vezes no encontro com outras drogas como a cocaína,
hoje ponta de lança do comércio internacional, e mal tremendo que causa à
juventude principalmente, levando os seus usuários a crises paranoides e a
comportamentos obsessivos, imprimindo um ritmo incessante a suas atividades,
demandando noites insones e alterando o humor sobremaneira...
Desde
sempre, o álcool já foi e continua sendo uma substância altamente nociva
àqueles que são portadores da doença do alcoolismo. É um fato que tal droga
leva à loucura, é uma doença progressiva, podendo ter determinação fatal. Não
fora só esse fato cientificamente comprovado por associações médicas do mundo
inteiro, e comprovado pela OMS, ainda assim, em combinação com outras drogas se
torna algo explosivo, sem freios, prolonga o estado de vigília quando mesclado
com a cocaína, e esta por vezes com a maconha, naqueles “cigarros” de marijuana
recheados de pó branco, na tentativa de supor que com as drogas as artes, e até
mesmo a cultura estariam ganhando com esse tipo de “insumo”. Quantos artistas,
como Elis Regina não morrem de overdose, quantos não morrem de cirrose hepática,
quantos que ingerem LSD não sofrem do alto dos edifícios sua última viagem,
plena do horror e das paranoias em fugir de uma “bad trip”? A psicoatividade do
chá de cogumelos ou do peiote é avassaladora... Por vezes, é muito mais brutal
do que qualquer psique normal poderia suportar, afora quando já há uma
predisposição genética, que aponta a doença induzida por uma mera semana
fumando da “erva”.
Como
pode se comportar psiquicamente uma criança treinada por traficantes para
manusear uma arma e fazer parte do exército do crime, se na verdade estaria
passando por testes que são tão brutais como conviver com a morte antes dos dez
anos de idade, senão por cair em um manicômio para ser tratado no futuro, na
melhor das hipóteses?
Todas
essas questões de saúde mental passam infelizmente por uma realidade presente em
diversos locais do planeta, principalmente no Primeiro Mundo com sua decadência
moral e física, e no Terceiro com os problemas sociais pungentes, onde a massa
de indigência navega pelas ruas em busca de conseguir amealhar uns cobres para
comprar da cachaça mais barata e ordinária, à pedra do crack que conseguem
obter à revelia se passem a se fazer valer de participar como soldados de
alguma facção ou qualquer artifício à altura dessa natureza. As vilas
miseráveis do México, as favelas do Brasil, as cidades dos EUA e seus guetos, a
questão racial como aglutinadora de mais e mais propósitos de protestos
equivocados, tudo intui que o uso de substâncias vão bater igualmente nos
costados daqueles mega empresários que tomam o seu champanhe no corpo de
prostitutas, ou se encharcam do uísque escocês dentro de seus iates...
A
enfermidade superlota os sanatórios e os serviços de apoio à saúde mental, como
no caso dos CAPs no Brasil, pois tal é a demanda do uso da droga e do álcool
que muitos padecem sem usar, como no caso dos familiares de membros da
drogadição generalizada. O fato é que na realidade as simples neuroses se
tornam simples questões de psicoterapias, e a psiquiatria se torna cada vez
mais necessária, posto os remédios serem compulsoriamente a única forma de se
equacionar a solução de saúde mental no escopo da busca de se tornar menos
caótica e mais controlada uma sociedade cada vez mais “canibalizada” e
animalesca, no mal sentido.
A
acepção de que uma nova sociedade, mais justa social e economicamente, com
devida e merecida distribuição de rendas, melhores ofertas de emprego, mais
plena de real esperança para o panorama mundial, por si só remontaria antigos
quebra-cabeças onde a lógica da dominação e da acumulação do capital sem
freios, onde tudo é válido para enriquecer, inclusive vender e usar as drogas
sem pensar no futuro, vem da necessidade de um planejamento ostensivo em termos
de segurança institucional e releituras culturais massivas, onde todo o
conteúdo que “ensina e estimula” ao uso do tóxico deveria ao menos ser revisto,
sem negar obviamente a importância fundamental do universo dos agentes de saúde
para solucionar as equações relativas à problemática da doença mental como um
todo e todo o estudo e prática necessários para realizar tal obra a contento.
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