sábado, 12 de outubro de 2024

A VIDA PEDE PASSAGEM


Viste os ares, os rumores, as gentes?

Passaste pelas inquietações, sendo que no mais das vezes
As mesmas preocupações não seriam as mesmas de antes
Quando, sei la eu, as coisas não andavam como gostaríamos
E andavas, e andavas, distraía-me com seus sonhos e cordéis de famas…

Cronópios, talvez, os famas, os cronópios, Julio Cortázar, a literatura
E tudo, o que mais não seria o tanto a se conduzir, mas olha que veja:
Nem sempre os andamentos são perfeitos, há mais mágica, e onde se está na dianteira
Por vezes tropeçamos, a vida pede passagem por estreitezas, por caminhos duros na face
Onde reside um tigre mais afeito a uma ordem de fatores, e prosseguimos, que a ordem é prosseguir
Posto será serenamente em cada caminho de um dia, de vinte e quatro horas, que agora é andar mais um pouco
E a luta será árdua por vezes, a luta de se respirar por um mundo melhor, quem sabe, o que nos encontre
Qual não seja uma árdua voz que se encontre com o silêncio, um gesto de primavera, um dia mais quente
Ou um sopro de um inverno que começa no ano que vem, e nos encontrará, sobretudo, mais inteiros...

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