segunda-feira, 19 de agosto de 2024

REFERENCIAR-SE EM UM TIPO DE ACASO


       Por vezes buscamos por muitas coisas neste mundo... Aliás, para um verdadeiro buscador, essa é a Natureza de seu proceder, seu mote de vida, estar procurando por coisas que julga melhores, uma curiosidade de saber ser o melhor: quem saberia disso, quiçá fosse um tremendo empecilho para seu desenvolver-se como ser humano… O fato de estar em movimento, a vida em movimento, estar conversando com os outros, ver até que ponto a Natureza humana é gigante, esse é um tipo de abordagem que faz com relação ao acaso que, longe do estado de governar suas atitudes, revela que nem só do acaso se faça a jornada, pois o caminho é entremeado de sinais, de sugestões, não apenas da Natureza como ela É, mas de coisas diversas, evitando o evitável por compulsoriedade e caminhando sobriamente para uma recuperação plena. Não seria este um artigo, nem seria a contribuição de algumas linhas um caminho para se seguir na realidade de todos, mas um exemplo de um cidadão que se referencia em um tipo de acaso, ao largar-se na vereda e ir caminhando, de um lado a outro, conversando, acabando com antigos tabus, desconstruindo certos mitos, encaixando a possibilidade de se libertar das amarras e ir confabulando com os viventes, encontrar no pombo doente a possibilidade de ajudar esse ser, e nos cães que passam uma real motivação de se socializar, de se socializar com os cães, nada mais, posto serem os animais que igualmente lhe darão a ciência de que possuem a expressão e a latitude da graça em estarmos vivos com nossos iguais, sejam de qualquer espécie forem: cães, pássaros ou flores…

       As raças diversas, os cães de diversas cores, por vezes nos lembramos de um em particular que possuímos, e que não nos importaria se estaríamos com um bicho de estimação, pois pode ser mais do que isso, ser um tipo de filho, e por que não? Olho para a estatueta de Shiva e encontro com a graça de Krsna quiçá seu fruto de adoração, e a força mais intrínseca, e aí olho para a estátua de Radha-Krsna e encontro a consagração e sinto uma felicidade ímpar, mesmo que a algum devoto creia em alguns escritos que porventura tenha encontrado em sua vereda algo de que não gostara e tenha se comportado de modo irado, por questões projetadas da ideologia, ou não, a mim não importaria jamais, que todos também podem ter uma questão preferencial, no meu caso, pela miséria e pela pobreza, pelos que urgem e pelos que clamam a justiça social. Na realidade podemos contestar muitas coisas, e entre elas a ligação afetiva que julgamos inexistente, mas a afetividade pode estar na rega de uma planta, no modo como fazemos o jardim de nossa casa e, principalmente, como tratamos especialmente com uma mãe que porventura necessita de todo o afeto que possuímos, e que seja o objeto deste, a não ser que ainda por tabela possamos igualmente sobrar daquele um pouco para mais alguém que seja merecedora de fato, na consagração de algo palpável e concreto, uma sabedoria, uma atitude, um viés de vida.

       O modo como vemos o mundo pode consolidar-se com a atitude amorosa, isso é inegável, mas tentar de todas as formas atingir um objetivo em relação a poderes, pode ser uma trilha meio duvidosa, pode esboçar rancores no contraditório do ato e seu reflexo no espelho, pois por vezes um laissez fare laissez passer, quiçá fosse a melhor coisa, como em um liberalismo econômico, pois a regra de mercado, um mercado livre, seja a solução para que o mundo entre em uma comunhão econômica e nos encaminhemos para uma solução pacífica e necessária… Já que a indústria internacional está em diversos países, como não queiramos que a riqueza esteja apenas em um grupo financeiro. Posto agora, graças ao bom Deus, igualmente temos o Brics, que é um banco que se torna uma alternativa de desenvolvimento para o Brasil, e isso é condição inequívoca de que estaremos mais fortes economicamente nos contrapondo ao poderio de um sistema econômico latente e dominante por outro viés, e que seja dada a largada para o liberalismo financeiro, sempre observando que, internamente a cada nação como o Brasil, temos que primar pelo nacionalismo e não deixar privatizar setores estratégicos de nossa economia, posto gerar divisas também passa por isso e por uma equivalente reforma perene na coleta de insumos e impostos. O discurso sempre deve ser libertário, e devemos cessar de fazer uma fogueira de vaidades onde na verdade a modéstia e a humildade de nossos serviços seja pontuada na forma de agir e pelo viés do bom proceder, assim, reconstruindo no modo certeiro, no caminho de uma união e paz social, que seja, paulatinamente, obviamente com a ajuda de outras nações e a reciprocidade de que estejamos em consonância em si e de per si, pois seremos uma nação das mais pujantes e temos tudo para erradicar a fome e observarmos com a atenção necessária as populações que necessitam da atenção social como um todo, não aquelas enfermiças, mas no insumo das questões que urgem ao viés existencial e suas inquietações e ruídos mais presentes, por vezes em imediatismos que sói não serem uma atitude das mais sensatas, e nos cabe proceder - sempre - com um sistema educacional que dê esse amparo normativo.

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