terça-feira, 6 de agosto de 2024

POR MAIS QUE AS VÍBORAS SEJAM AS VÍBORAS


Figuras lindas, aquelas pequenas víboras de olhar de marés
Fazem parte da Natureza encarnada, pronta para inocular o veneno
De dentro e de fora de suas colas inquietas
Ao que não seja, a química maravilhosa da citada Natureza
E que por vezes encontramos com a dor, ensimesmada...

A dor de não se ter como remediar, de se tomar o refri gelado
Na consecução de um dia, que seja, as casas onde estamos
E as leis de outras leis, dos humanos que não sejam tão humanos, pudera,
Posto somos igualmente serpentes no signo solar e serpentino
Onde não se arrefece o ânimo, e o exercício duro de um dia sirva ao menos para endurecer a ternura...

Se um cristal solar aparenta o reflexo boreal do horror show, se nos retiramos
A enfunar as velas do que antes fora apenas uma sessão de anestésicos
Quando por fim o efeito vai passando e, pasmar-se-iam os que testemunham a cidade
Quanto de se caminhar sob o efeito do maxilar refeito, obra da ciência dos doutores
Ou quiçá a reconstrução de mais pilares para o alvorecer de mais uma noite!

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