Trilha o que não trilho
Beba do
sal amargo que bebi
E verta no solo a página do ontem…
Do
hoje, que seja um dia, outro que será ou seria, quem não saberá?
A
que seja isto mensagem, pousada no olhar daquilo outro, pois sim
Na
vida, ela mesma, quem sabe, e vivemos, sempre, sempre vivemos
Já,
no exato instante da concepção neste mundo material, uma bola de
carne…
Não pules muralhas, não se assoberba um lado
que não existe, não projetes crias dos corvos
Posto na
semântica invisível de uma requisição cartorária, por sem estar
não se está
Daquilo que sejamos onde estivermos, na ponte que
existe sobre um oceano para adentro.
Quem dera fosse o
meio a mensagem, não seria melhor o simples meio-metade, a maçã da
feira?
A simplicidade de darmos continuidade, a
simplicidade de não obtermos as respostas no que nos se dá,
Onde
depositamos o que se chamaria de espiritual, o soul da obra do negro,
o pântano dos ratos
Ou umas baratas que desfilam nas lajotas
das ruas na superfície tênue da noite mais quente…
Seríamos
outros senão quem já somos do que éramos quando mais embriagados
pela vida
Posto no assim dizer, que desse porre não há ressaca
moral
Mas apenas o consentimento tácito de que não se imola
uma casca sem sabermos da cepa.
E aquilo da boa noite de
sono, quiçá um gift, uma sombra, uma maquilagem que não
existe
Posto não ser necessário nem a amendoeira do olhar,
posto não ser necessário nem a boca linda
Que o poeta vê na
forma circunflexa do que não revela posto já revelaria na broca do
dentista do hoje…
E o que seria melhor se todas as
mulheres fossem tão lindas como a aurora do dia seguinte?
terça-feira, 6 de agosto de 2024
O FOCO DA ATENÇÃO
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