O
pensamento sem conhecimento do que se encontra pela frente, seja no viés
confortável em que por vezes nos situamos, sobre uma poltrona confortável, não
nos deixa mais atinentes na crítica em que pensamos ser a espiritualidade uma
coisa que venha antes da realidade econômica, mas infelizmente não é o que sempre acontece, convenhamos, pois se não fosse assim o dízimo não seria o tronco mais importante
da Igreja: pináculo de sustentação, mantenedor da Ordem, e provedor das
necessidades litúrgicas, incluso da água que lava a batina do Padre, ou a massa
que faz a hóstia, os cálices como bens de patrimônio e, de paróquia recém
fundada, a necessidade da Arquidiocese possuir um fundo de caixa para que se
forneça os cálices para a nova capela, e o dinheiro, em valor material, para
alimentar o padre, as irmãs, fundar novas missões paroquiais, como pastorais, e
estabelecer critérios de brechós e outros serviços caritativos para que se
possa prosseguir na Obra. A diferença que talvez mereça crítica na esfera
religiosa cristã é a questão da Teologia da Prosperidade, pois nem sempre
seremos mais abençoados quando ricos, pois senão estaremos excluindo uma
condição humana, sem nos aperceber de que todo um processo econômico é
necessário para erguer um indivíduo ou uma família, posto o trabalho existir
com essa função de traduzir a produção com o valor, e acumular para si ou para
o outro em demasia seria a paráfrase do bom e do mau pastor, ou daquele que
enriquece sob os costados da fé alheia, e se mantém com alto padrão financeiro
usurpando do pobre o que este suou muito, com seu trabalho, em que não se
compra a entrada ou ingresso no céu, e o dízimo, como já se disse, é uma fração
do ganho, inicialmente uma décima parte, mas hoje cada qual é livre sem pressão
maior para doar o que acredita ser possível, pelo menos no escopo do catolicismo, ou das igrejas evangélicas que consagram a missão de pregar honestamente a religião cristã, o Evangelho, seus ensinamentos, sem se preocupar com a riqueza material como algo que venha antes de qualquer coisa e primeira motivação de um tipo de organização onde se abusa da falta de impostos para fundar um templo e se aproveita dessa questão para enriquecimento de uns poucos em detrimento da fé alheia...
O que
se diz da espiritualidade e da fé e sua importância capital é justamente quando
se pensa em reconstruir certos valores anímicos e existenciais, pois não será
em modalidades alternas associadas com o vício de certas atitudes funestas que
se resolve a questão econômica. Parafraseando uma valoração de cunho de
frequência vibratória no escopo social, o valor espiritual se torna igualmente
algo necessário, sem subtrair a vitória intelectiva de autorias quaisquer, mas
se você partir para explicar que tudo é economia antes, ao menos que se dê licença
a que se passe no coração o igual-anímico, o igual-alma, valor-humano, meio sem
preço, meio que dá asas, que faz voar, porquanto moeda sagrada, árvore de bons
frutos, máquina secreta de todos os planos, não importando tanto qual a
religião, mas que se considere ao menos a concomitância, pois por vezes o homem
possui valores financeiros mas está tolhido em seu ir e vir: será no espírito
que facultará a competência necessária para refletir nas trincheiras de sua
querência em viver melhor que fecundará outros da consciência espiritual antes,
porquanto necessidade de expressão da arte, faculdade anímica, bem como da fala
como um todo, da opinião e da transformação do homem pelo termo espiritual,
como amálgama aglutinador, posto a mola que soergue o ser para a luz, e o
direciona a estar ao menos mais consciente para encontrar as forças físicas e morais
necessárias para a luta que sói sempre acontecer no plano material. Mas
abandonar vícios morais e de comportamento, ser um ser humano melhor vem de uma
ética humana fundamental, e é nessa questão que o valor-espírito se torne a
moeda gratuita a ser distribuída sem conta, dando de graça o que recebemos em
serviço: na necessidade de cada qual, com as demandas de um que seja maior, e
sejamos mais generosos com os mais necessitados, pois em termos de valores não
há possibilidade de comungar ou de fazer com que os extremamente ricos venham a
distribuir suas riquezas de forma mais igualitária. Pelo menos a curto prazo... Será dando que se recebe, em termos de afeto e de amor, e esses sentimentos não possuem jamais equivalência financeira. Em síntese, tanto um rico ou um pobre os podem alcançar - os sentimentos de afeto e amor - e, portanto, a possibilidade da liberdade de expressar e praticá-los não faz distinção de classe social, cor de pele, religião, grau de escolaridade, ou de qualquer outra designação onde o arquétipo do bem ou mal, melhor ou pior inexiste, já que o Amor é a moeda ou riqueza maior do Comunismo Espiritual, citado nos Shastras, ou Escrituras Reveladas, mais precisamente no Primeiro Canto do Srimad Bhagavatam, o Purana Imaculado do Senhor Krsna.
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