sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

A CONSOLIDAÇÃO DO TRABALHO VOLUNTÁRIO


              A prestação de trabalhos voluntários é de maior valia psíquica do que o seu alterno, o trabalho compulsoriamente pago, visto sob a ótica do valor em si, agregado no fazer, no resultado, no lucro e na acepção crua do esforço a mando do gerente ou administrador da empresa, sendo no ganho o merecimento cabal do dito esforço no sistema em que vivemos, e que não mudará mais, pois não há espaço estrutural a não ser que o voluntariado cresça como alternativa quase simbólica de um serviço alterno, o que agregaria o valor alterno, ou seja, a consciência de crescer trabalhando no escopo do talento agregador, na alterno ou na substância do que seria o fazer mais, fazer melhor. Nesse sentido, o discurso de que a caridade não é boa coisa traduz um significado em que não há sequer a compreensão do que se chama permitir a consecução de toda uma sistemática de trabalho, por exemplo no caso de cestas básicas: logística, papel da indústria, negociação, bendição, estar praticando o bem dentro do efeito quiçá metafísico ou mesmo medicinal do ato, a entrega, e tudo o que envolve uma pastoral, para citar o exemplo de um trabalho ou serviço voluntário que assume por vezes a proporção exaustiva daqueles que porventura deram duro a vida toda e que, depois de mais velhos, emprestam o seu labor em favor de populações que necessitam desse tipo de amparo.

              O processo do trabalho voluntário pode estar em várias plataformas de atuação, compreendendo ou fazendo compreender o obreiro, ou como se possa denominar o agente dessa obra grandiosa, que estiver produzindo ou compreendendo as etapas de produção, a arte em outros contextos, ou um simples comunicador que coloca a sua poesia, contos ou ensaios à disposição livre de quem queira usufruir, o que agrega igualmente na nossa cultura, ratificando que, em seu contexto mais amplo, o trabalho voluntário, sendo gregário, agregador e mescla de idiossincrasias e participação e iteração de gente com gente, faz parte da cultura mais ativa de toda uma sociedade e seu escopo transformador, positivamente afirmada a tese...

              Na realidade, há uma inversão valorativa, e poderia se afirmar que o ganho, visto sob uma ótica teísta, ou espiritualista, esse ganho, ou lucro, se torna espiritual, posto se colocado sob o ponto de vista das novas empresas de um novo milênio onde o desafio de crescer espiritualmente coloca-nos diante de uma realidade extremamente arcaica e materialista, essa nova empresa pode agregar, mesmo diante da realidade de que o esforço ou trabalho realizado tende a ser mais duro em tempos de crise, o atenuante espiritual reduziria a inversão das substâncias que em alguma são usadas como estimulantes químicos, para a energia produtiva espiritualista, que possui muito mais potência, é saudável, inodora, e traduz em nenhuma carga de doenças ou patologias de ordem psíquica nos seus trabalhadores, reduzindo o materialismo e traduzindo as novas modalidades produtivas em uma fé que mova os moinhos, e faça com que o diálogo não vire o ensaio e erro da hipocrisia, gerando desavenças e outros atritos, que são as duas características mais típicas da Era em que já começamos a vivenciar neste planeta, a Era do Ferro, ou Kali-yuga, em sânscrito. Traduzindo em aspectos financeiros, toda a operacionalização dos sistemas integrativos no sentido de fomentar a nova empresa reduziria a taxa de suicídios, de sistemáticos egotismos, da competição desumana e da redução de danos operativos da ordem legal e outros que a justa igualmente acompanharia na forma da Lei, esta um surgimento cabal desse tipo de transformação estruturante nos seios sociais, e paulatino esforço em que a limpeza do ser espiritual e quimicamente se tornaria algo providencialmente possível dentro dos trilhos da sensatez e do desenvolvimento espiritual como um todo, através do trabalho de marketing igualmente espiritualizado, em que a participação das religiões como um todo, as emancipações das vertentes expressivas e o rebatimento de novas diretrizes de saúde mental e física seriam a plataforma mais evidente de se recuperar o andamento de uma economia nova e mais produtiva e justa socialmente em todos os aspectos, sem necessariamente mexer nas propriedades, ou pensar que o trabalho voluntário seja substrativo, mas na realidade agrega como em uma pirâmide invertida, onde o instinto de vida seja a riqueza mais transparente na confecção de novos sistemas operacionais e novas modalidades do ser produtivo e administrativo.

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