A
prestação de trabalhos voluntários é de maior valia psíquica do que o seu
alterno, o trabalho compulsoriamente pago, visto sob a ótica do valor em si,
agregado no fazer, no resultado, no lucro e na acepção crua do esforço a mando
do gerente ou administrador da empresa, sendo no ganho o merecimento cabal do
dito esforço no sistema em que vivemos, e que não mudará mais, pois não há
espaço estrutural a não ser que o voluntariado cresça como alternativa quase
simbólica de um serviço alterno, o que agregaria o valor alterno, ou seja, a
consciência de crescer trabalhando no escopo do talento agregador, na alterno
ou na substância do que seria o fazer mais, fazer melhor. Nesse sentido, o
discurso de que a caridade não é boa coisa traduz um significado em que não há
sequer a compreensão do que se chama permitir a consecução de toda uma
sistemática de trabalho, por exemplo no caso de cestas básicas: logística,
papel da indústria, negociação, bendição, estar praticando o bem dentro do
efeito quiçá metafísico ou mesmo medicinal do ato, a entrega, e tudo o que
envolve uma pastoral, para citar o exemplo de um trabalho ou serviço voluntário
que assume por vezes a proporção exaustiva daqueles que porventura deram duro a
vida toda e que, depois de mais velhos, emprestam o seu labor em favor de
populações que necessitam desse tipo de amparo.
O
processo do trabalho voluntário pode estar em várias plataformas de atuação,
compreendendo ou fazendo compreender o obreiro, ou como se possa denominar o
agente dessa obra grandiosa, que estiver produzindo ou compreendendo as etapas
de produção, a arte em outros contextos, ou um simples comunicador que coloca a
sua poesia, contos ou ensaios à disposição livre de quem queira usufruir, o que
agrega igualmente na nossa cultura, ratificando que, em seu contexto mais
amplo, o trabalho voluntário, sendo gregário, agregador e mescla de
idiossincrasias e participação e iteração de gente com gente, faz parte da
cultura mais ativa de toda uma sociedade e seu escopo transformador,
positivamente afirmada a tese...
Na
realidade, há uma inversão valorativa, e poderia se afirmar que o ganho, visto
sob uma ótica teísta, ou espiritualista, esse ganho, ou lucro, se torna
espiritual, posto se colocado sob o ponto de vista das novas empresas de um
novo milênio onde o desafio de crescer espiritualmente coloca-nos diante de uma
realidade extremamente arcaica e materialista, essa nova empresa pode agregar,
mesmo diante da realidade de que o esforço ou trabalho realizado tende a ser
mais duro em tempos de crise, o atenuante espiritual reduziria a inversão das
substâncias que em alguma são usadas como estimulantes químicos, para a energia
produtiva espiritualista, que possui muito mais potência, é saudável, inodora,
e traduz em nenhuma carga de doenças ou patologias de ordem psíquica nos seus
trabalhadores, reduzindo o materialismo e traduzindo as novas modalidades
produtivas em uma fé que mova os moinhos, e faça com que o diálogo não vire o
ensaio e erro da hipocrisia, gerando desavenças e outros atritos, que são as
duas características mais típicas da Era em que já começamos a vivenciar neste
planeta, a Era do Ferro, ou Kali-yuga, em sânscrito. Traduzindo em aspectos
financeiros, toda a operacionalização dos sistemas integrativos no sentido de
fomentar a nova empresa reduziria a taxa de suicídios, de sistemáticos
egotismos, da competição desumana e da redução de danos operativos da ordem
legal e outros que a justa igualmente acompanharia na forma da Lei, esta um
surgimento cabal desse tipo de transformação estruturante nos seios sociais, e
paulatino esforço em que a limpeza do ser espiritual e quimicamente se tornaria
algo providencialmente possível dentro dos trilhos da sensatez e do
desenvolvimento espiritual como um todo, através do trabalho de marketing
igualmente espiritualizado, em que a participação das religiões como um todo,
as emancipações das vertentes expressivas e o rebatimento de novas diretrizes
de saúde mental e física seriam a plataforma mais evidente de se recuperar o
andamento de uma economia nova e mais produtiva e justa socialmente em todos os
aspectos, sem necessariamente mexer nas propriedades, ou pensar que o trabalho
voluntário seja substrativo, mas na realidade agrega como em uma pirâmide
invertida, onde o instinto de vida seja a riqueza mais transparente na
confecção de novos sistemas operacionais e novas modalidades do ser produtivo e
administrativo.
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