Infere-se
que a lógica tenha nascido de uma lógica natural, mas isso não comporta tanto
uma acepção crua do entendimento da Natureza, porquanto necessária seja a
abordagem espiritual, quando tratamos de seres vivos. Esse lugar que não
sabemos ao certo, é algo de anima, de centelha, algo que move, perfaz a
dinâmica do ser, enquanto portador de uma matéria orgânica, mas seus movimentos
igualmente são espirituais, e denotam em sua leitura acurada, daqueles que têm
seus olhos abertos para essa dimensão, na prática contemplativa cotidiana, um
despertar à luz de conceitos onde toda a parafernália eletrônica e suas
certezas parece se ofuscar diante do que reverbera com verdade maior...
Partamos da dimensão da abelha, como exemplo, não cabalmente na ciência da
apicultura, porquanto viés apenas produtivo, mas na questão de quando ela está
em nosso dedo, os seus movimentos, e a transcrição literal de que existem dois
seres em comunhão, um maior, e outro não necessariamente menor, porquanto em
voo, muito maior em altura e espaço e comunicação. Partamos da sinopse de uma
tripa de formigas, seus outros trabalhos, suas investigações minuciosas pela
terra, seus alimentos, seus transportes, as guerreiras, nada do sacerdócio, mas
da realidade de fazerem aos olhos do homem: parte da Criação, mas no equívoco
de serem partes, porquanto somos igualmente, nem melhores e nem piores, no
equívoco, muitas vezes muito piores, posto engano anterior semântico! E a
colmeia e o formigueiro, seres coletivos, seres em si, donos da lógica da
natureza homônima da perfeição, e seus pequenos lares, das formigas os nichos,
as pequenas cavernas, o acumular da comida, e o fazer da abelha o néctar, não necessariamente
para servir ao homem, esse estranho apropriador dos recursos, parasita que não
obedece o processo civilizatório da coleta, mas infere acúmulo, lucro,
embalagens e recursos, e prima pelo controle do mercado, de onde gera a própria
guerra, subentendida como algo de fracasso porquanto há nações que são como
formigueiros e outras como caos e desordem na harmonia ou tentativa de, fracassada,
enquanto não se faça a releitura de tudo a que se baseia em alicerce, ou seja,
aquele mundo digital onde não houvera a consciência da prática em ao menos
compreender dois simples insetos, para serem apeados dessas certezas de um
sistema quase falido, posto em ganância extremada e em urgência de ganhos e
metas que fadam a um ostracismo operacional e detentor da expropriação cada vez
mais devastadora da Natureza, a mãe do conhecimento: detentora do sistema mais
perfeito do planeta.
terça-feira, 11 de julho de 2023
O SISTEMA DA NATUREZA
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